O governador Wilson Lima reuniu representantes do comércio para discutir a regulamentação da Reforma Tributária, mais especificamente para garantir a competitividade do setor no Amazonas. O objetivo é apresentar ao Congresso Nacional uma proposta de redação que possibilite dar suporte ao comércio local e mantenha a arrecadação do estado.
“O nosso objetivo é proteger os interesses do estado e ao mesmo tempo garantir a arrecadação. Para isso, é importante um discurso de forma uníssona, de entender que os benefícios que o comércio tem de isenção do PIS/Cofins precisam ser mantidos e que tenha o referendo do Governo do Estado”, afirmou.
O principal ponto levantado pelo setor de comércio do Amazonas tem relação com o PIS/Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), hoje isentos nas operações internas.
Com a reforma tributária, a cobrança deixa de existir, dando lugar a outros dois tributos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que pela regulamentação da nova legislação não apresentam garantia de que estarão isentos nas operações do comércio amazonense.
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Na reunião com Wilson Lima, os representantes do comércio alinharam pontos sobre a construção de uma redação para atender aos interesses do setor, a fim de preservar a receita, mantendo a isenção aplicada atualmente ao PIS/Cofins na cobrança da CBS.
“Hoje em dia o comércio local tem a sua competitividade mantida em relação aos comerciantes de fora, e da forma como está hoje, com a cobrança integral da contribuição de bens e serviços para as operações internas do comércio no Amazonas, isso vai reduzir substancialmente a competitividade, o que pode gerar desemprego substancial na Zona Franca”, afirmou o procurador-geral do Estado, Giordano Bruno.
O debate liderado por Wilson Lima teve a presença do secretário de Receita da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Dário Paim; o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Serafim Corrêa; e os consultores da CDL Manaus e da bancada federal, Thomáz Nogueira e Afonso Lobo.
A reunião ainda contou com a participação de entidades como a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas (Fecomércio), Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial do Amazonas (ACA), Federação da Câmara dos Dirigentes Lojistas (FCDL), Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Manaus (Codese), Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Amazonas (Facea) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon).