As micro e pequenas empresas (MPE) apresentaram um saldo positivo de geração de empregos no segundo mês do ano. Segundo dados de levantamento feito pelo Sebrae a partir do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado pelo Ministério da Economia, os pequenos negócios foram responsáveis por 220.066 novos postos de trabalho em fevereiro, chegando a cerca de 67% do volume total, que inclui empreendimentos de todos os portes. No acumulado de 2022, as MPE criaram 304.525 novas vagas, o que equivale a 63,5% de todo o volume.
O levantamento mostra que apesar de janeiro ter mantido ritmo lento nas contratações, fevereiro retomou o mesmo padrão observado no segundo semestre de 2021. “Isso se deve, em grande parte, ao papel desempenhado pelos pequenos negócios. Mais uma vez, são as micro e pequenas empresas que movem a economia brasileira, respondendo pela maior parte da geração de empregos”, ressalta o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
O setor de Serviços foi o que mais contratou entre os micro e pequenos empreendimentos, somando 134.024 novos empregos. Na sequência, a Construção Civil registrou a entrada de 31.517 novos postos de trabalho. “Observamos que o cenário dos últimos seis meses de 2021 se repete agora. Praticamente todos os setores de atividade dos pequenos negócios listaram saldos positivos de contratações”, enfatiza Melles.
Entre as regiões brasileiras, as micro e pequenas empresas do Centro-Oeste foram as que obtiveram o melhor desempenho, abrindo 27 novos empregos a cada mil já existentes. O valor é quase 35% superior à média de 20 contratações por mil empregados contabilizada pela região Norte, a segunda no ranking. Já as regiões Sul, Sudeste e Nordeste, respectivamente, garantiram 17, 14 e 12 novos postos de trabalho a cada mil empregados.
Mesmo com o desenvolvimento positivo no segundo mês do ano, o Caged aponta que, no acumulado dos dois primeiros meses de 2021, os micro e pequenos negócios detinham 82,1% do volume de novas vagas; em 2022, no entanto, esse índice caiu para 68,7%.