Professores da rede municipal de ensino de Manaus anunciaram greve após a aprovação da Reforma da Previdência municipal pela Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta quarta-feira (5). A decisão foi divulgada pelo sindicato que representa a categoria logo após a conclusão da votação.
A medida altera as regras do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) do município, afetando diretamente os servidores públicos, incluindo os profissionais da educação. O texto aprovado prevê aumento da idade mínima para aposentadoria, 65 anos para homens e 62 para mulheres, além de um tempo mínimo de contribuição de 25 anos. Também estão previstas mudanças no cálculo dos proventos e a criação de um regime complementar para novos servidores.
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De acordo com o sindicato dos professores e pedagogos, a categoria já havia aprovado um indicativo de greve caso a proposta fosse aprovada em plenário. A assembleia de deflagração da greve está marcada para sexta-feira (7) e será realizada na Praça da Polícia, em horário a ser definido.
Antes da votação, professores realizaram manifestações em frente à CMM, pedindo o arquivamento do projeto. As entidades sindicais argumentam que as novas regras impactam diretamente profissionais próximos da aposentadoria e ampliam o tempo de permanência no trabalho.
O Executivo municipal defende que a reforma é necessária para garantir o equilíbrio financeiro do sistema previdenciário e assegurar o pagamento futuro dos benefícios. Ainda não há confirmação oficial sobre o número de escolas que devem aderir à greve ou sobre a duração da paralisação.

