A taxa de desocupação no Amazonas caiu para 7,6% no terceiro trimestre de 2025, alcançando o menor índice em 11 anos. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (14) pelo IBGE, mostram estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas uma queda significativa de 0,6 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2024.
Em Manaus, o cenário também é mais favorável. A taxa de desocupação recuou para 9,0%, uma redução de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,1 ponto na comparação anual.
Número de ocupados aumenta
A população ocupada no Amazonas atingiu 1,8 milhão de pessoas no terceiro trimestre, alta de 2,1% em relação ao trimestre anterior. Em um ano, o estado ganhou 86 mil novos trabalhadores, um crescimento de 4,8%.
O número de desocupados se manteve estável, totalizando 154 mil pessoas.
O grupamento com o maior número de ocupados segue sendo o de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, que empregou 410 mil pessoas.
O mercado de trabalho formal no Amazonas deu uma melhorada, com um crescimento expressivo no número de pessoas empregadas com carteira assinada no setor privado. Isso aponta para uma melhora na qualidade dos postos de trabalho”, destacou o chefe de Disseminação de Informações IBGE, Adjalma Nogueira Jaques.
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Principais destaques do trimestre
- – 7,6%: menor taxa de desocupação em 11 anos no estado.
- – 1,872 milhão: total de ocupados no Amazonas.
- – 344 mil: número de trabalhadores no setor público, que teve alta de 14,2% em um ano.
- – R$ 4,57 bilhões: massa de rendimento real, crescimento de 13% na comparação anual.
- – 51,5%: taxa de informalidade, uma das maiores do país.
- – 481 mil: trabalhadores com carteira assinada no setor privado.
Participação no mercado de trabalho cresce
O nível de ocupação chegou a 58,1%, com aumento de 1,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Já a taxa de participação na força de trabalho alcançou 62,9%, também em alta nas duas comparações.
No total, 2,026 milhões de pessoas faziam parte da força de trabalho no estado no trimestre analisado.
Setores que mais contrataram no Amazonas
A administração pública foi o setor com maior avanço, adicionando 17 mil trabalhadores no trimestre. Em seguida aparecem:
- – Agricultura, pecuária, pesca e aquicultura: + 12 mil
- – Construção: + 8 mil
Entre as quedas, destacam-se:
- – Comércio: – 11 mil
- – Informação e comunicação: – 4 mil
- – Serviços domésticos: – 3 mil
Setor privado e informalidade
O setor privado (excluindo domésticos) empregou 742 mil pessoas, com avanços trimestral e anual. Desse total:
- – Com carteira assinada: 481 mil (+10,4% em um ano)
- – Sem carteira: 260 mil (+6,1% em um ano)
Apesar do crescimento formal, a informalidade ainda é elevada: 51,5% dos trabalhadores atuam sem registro, totalizando 964 mil pessoas. A taxa é uma das maiores do Brasil.
O Amazonas continua enfrentando um grande desafio com a alta taxa de informalidade. O estado registra um dos maiores percentuais de trabalhadores sem proteção no país”, alerta Adjalma.
Renda sobe no estado e na capital
No Amazonas, o rendimento médio chegou a R$ 2.608, aumento de 6,2% em relação ao trimestre anterior e de 6,9% na comparação anual. A massa de rendimento avançou para R$ 4,57 bilhões, alta de 13% em um ano.
A soma de todos os rendimentos pagos aos ocupados alcançou um crescimento destacado. Isso injeta mais dinheiro na economia local e fortalece o poder de compra da população”, destacou Adjalma.
Em Manaus, o rendimento médio ficou em R$ 3.082, crescimento de 8% em relação ao trimestre anterior e 5,9% na comparação anual.

