O Ministério Público Federal (MPF) solicitou esclarecimentos a diversos órgãos públicos sobre os serviços de transporte na travessia do Porto da Ceasa, em Manaus, até o município de Careiro da Várzea. Caminhoneiros denunciaram o caos na região que vive em completo abandono desde a queda de duas pontes sobre dois rios que cortam a BR-319, em 2022.
Segundo denúncia feita ao MPF, as balsas que realizam o cruzamento não respeitam os horários estabelecidos, nem observam os limites de capacidade, o que gera superlotação de veículos e passageiros no local.
Ainda, foi alegado que tanto a Marinha do Brasil quanto a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) não fiscalizam de forma adequada a regularidade, segurança e qualidade dos serviços de transporte.
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Outro ponto de reclamação na travessia do Careiro da Várzea é sobre a ausência de um local com estruturas sanitárias adequadas para que os usuários dos serviços possam aguardar a travessia com o mínimo de conforto, higiene e acesso à alimentação.
Além da Antaq e da Marinha do Brasil, o MPF pede respostas de autoridades da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e Secretaria Nacional de Portos e Hidrovias (SNPH). Cada órgão deve fornecer informações conforme as suas atribuições.
O intenso fluxo de carretas e a insuficiência de balsas para a travessia de veículos na BR-319, no Amazonas, têm ocasionado filas e transtornos ao trânsito e à rotina da população local.