Na adolescência, cada pessoa cresce em seu próprio ritmo. Alguns jovens se desenvolvem mais rapidamente e outros, de forma mais lenta. Mesmo assim, sempre que há suspeita de incompatibilidade do crescimento com a idade, a equipe médica pode solicitar o exame de curvas funcionais.
Indicado para o diagnóstico de crescimento em crianças e adolescentes, o exame é utilizado para identificar alterações no funcionamento do sistema endócrino, como deficiência do hormônio de crescimento, também conhecido como GH, que pode levar a baixa estatura. Além disso, auxilia na investigação de puberdade precoce, desordens da tireoide e funcionamento das glândulas suprarrenais.
Responsáveis pela liberação dos hormônios na corrente sanguínea, o funcionamento irregular das glândulas endócrinas pode inibir ou estimular as funções metabólicas do organismo.
“Nas curvas funcionais é avaliado o funcionamento da hipófise, glândula responsável pela produção do hormônio de crescimento e pelo início da puberdade, entre outras funções. O exame tem duração média de duas horas e costuma ser habitualmente solicitado em crianças e adolescentes. Com ele, é possível determinar se há algum tipo de deficiência na produção do GH e dos hormônios sexuais (Lh/Fsh), que poderá influenciar o desenvolvimento da criança ou jovem”, explica a endocrinologista do Sabin Medicina Diagnóstica, Renata Pinto Camia.
De acordo com a especialista, como a maioria dos exames de curvas funcionais são feitos com a administração oral ou venosa de medicamentos, é fundamental que o paciente seja acompanhado por um endocrinologista. “As provas funcionais são exames dinâmicos em que, por meio de um estímulo específico, conseguimos avaliar a função dos hormônios. Os testes ocorrem com acompanhamento médico em uma sala exclusiva, com espaço físico adequado e confortável”, explica a médica.
“Com o exame, conseguimos fechar o diagnóstico e prescrever o tratamento correto para ajudar o paciente a ter um crescimento adequado”, conclui a endocrinologista.