O governo federal estuda rever a chamada “taxa das blusinhas”, que atualmente aplica alíquota de 60% sobre compras internacionais entre 50,01 e 3.000 dólares, após o registro de queda nas aquisições realizadas por consumidores brasileiros. A decisão está sendo analisada diante do impacto da política tributária sobre plataformas como Shein e AliExpress.
Atualmente, compras de até 50 dólares pagam 20% de imposto de importação, enquanto produtos acima desse valor enfrentam a alíquota de 60%. Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicam que 29% dos consumidores desistiram de comprar em sites internacionais após o imposto saltar de 13% para 38%. O levantamento também aponta que o aumento do ICMS, de 32% para 36%, contribuiu para que mais pessoas deixassem de importar produtos do exterior.
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O cenário afeta diretamente tanto consumidores quanto varejistas nacionais, que enfrentam competição com grandes plataformas globais. Para as empresas brasileiras, a elevação da tributação exige adaptação estratégica e reorganização operacional.
Segundo Rodrigo Giraldelli, CEO da China Gate, o aumento do imposto elevou o custo dos produtos importados, mudando o comportamento de compra. Ele aponta que uma alternativa para empreendedores é investir em marcas próprias, importando produtos diretamente da China, o que pode reduzir custos e ampliar a margem de lucro no Brasil.


