Na vĂ©spera da chegada do projeto de Lei da Reforma da PrevidĂȘncia dos servidores do municĂpio de Manaus, o Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom-Sindical) realizou, nesta terça-feira (9), um protesto em frente Ă CĂąmara Municipal de Manaus (CMM) contra as alteraçÔes previstas na proposta encaminhada pelo prefeito David Almeida (Avante).
No ponto mais polĂȘmico o projeto eleva a idade mĂnima dos servidores e servidoras na hora de se aposentar, medida que afetarĂĄ principalmente as mulheres. Pelo projeto, as mulheres tiveram a idade mĂnima elevada de 55 par 62 anos, com os homens subindo de 60 para 65 anos.
“Somos trabalhadoras, mĂŁes, conselheiras que as vezes cumprimos jorndas triplas de trabalho, portanto essa reforma foi muito maldosa conosco”, analisou a coordenadora administrativa do Asprom-Sindical, professora Helma Sampaio.
Conforme Helma Sampaio, a reforma Ă© ainda pior com as professoras, que perderĂŁo o direito a aposentadoria especial e ficarĂŁo ainda mais tempo trabalhando em salas de aulas, um local de trabalho considerado difĂcil pela categoria.
Atualmente as professoras podem se aposentar com 25 anos de contribuição e 50 anos de idade. Isso serĂĄ elevado para 57 anos de idade mĂnima.
“Imagine um professor quase na terceira idade aguentando atĂ© 50 meninos e meninas numa sala de aula! Ă pedir para que eles e elas morram antes de se aposentarem”, afirmou o professor Gilberto Dias, que participava dos protestos na CMM.
Com aproximadamente 50 professores na galeria, o grupo recebeu o apoio dos vereadores José Ricardo Wendling (PT) e Rodrigo Guedes (PP), que subiram no carro de som para prometer alteraçÔes no projeto, que deve sair das comissÔes temåticas para discussão em plenårio na sessão desta quarta-feira.
Os vereadores Professor Samuel (PSD) e professora Jacqueline (UniĂŁo Brasil) nĂŁo participaram e nem apoiaram o protesto dos colegas de categoria.
LĂder do prefeito David Almeida na CMM, o vereador Eduardo Alfaia (Avante) destacou que Ă© preciso reformar a previdĂȘncia para garantir que no futuro os servidores receberĂŁo seus benefĂcios sem problemas que podem ser causados por uma situação deficitĂĄria que agrava ao longo dos anos.
“Manaus estĂĄ atrasada com essa reforma e vale destacar que nĂŁo se estĂĄ aumentando o valor da contribuição dos servidores, apenas no tempo de serviço e de contribuição, pois hoje estamos vivendo mais e se nĂŁo cuidarmos agora, lĂĄ na frente vai faltar dinheiro para pagar os benefĂcios”, defendeu Alfaia.