Associações e grupos de servidores vão aproveitar uma cessão de tempo, na Câmara Municipal de Manaus, nesta terça-feira (09/09), para expressar as preocupações com o que consideram perda de direitos na reforma da previdência do município de Manaus. A ida dos servidores a casa foi anunciada pelo vereador José Ricardo (PT), que nesta segunda-feira (8) pediu aos líderes do prefeito para retirar o projeto de tramitação.
“Este projeto não deveria nem existir, pois a prefeitura não conseguiu, até agora, comprovar o déficit fiscal alegado para realização das reformas e também não fez os cálculos necessários para comprovar que no longo prazo a reforma da Previdência municipal se justifica”, criticou José Ricardo.
Para o líder do prefeito na CMM, vereador Eduardo Alfaia (Avante), a solicitação de Zé Ricardo é incoerente, pois pede para debater o projeto de reforma da Previdência, mas quer parar a tramitação, que é quando acontece o debate.
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“É um projeto necessário, que já teve aqui a presidente do Manausprev explicando tudo, e agora está tramitando nas comissões. Portanto, o debate está aberto com os servidores e com a oposição, o que não dá é parar a tramitação”, defendeu Alfaia.
A reforma proposta pelo Manausprev impacta principalmente as mulheres, que terão a idade mínima de aposentadoria elevada de 55 anos para 62 anos, portanto sete anos a mais trabalho. A Idade mínima para os homens subirá de 62 para 65, igualando o regime geral da previdêcia do INSS.
O Manausprev justifica essa impacto maior na previdência das mulheres por conta de duas razões: elas são a maioria no serviço público e têm, assim como os homens, uma maior expectativa de vida nos dias atuais.