A Polícia Federal destruiu, nesta segunda-feira (15/09), mais de 80 balsas e dragas usadas em atividades de garimpo ilegal ao longo do rio Madeira. A ação, batizada de Operação Boiuna, foi ordenada pela Justiça Federal do Amazonas e também de Rondônia.
O balanço da operação mostrou que entre os municípios amazonenses de Humaitá e Manicoré foram destruídas 71 dragas de garimpo, cada uma custa estimados R$ 200 mil. No rio Madeira, em Rondônia, foram mais de 10 balsas e dragas.
Não há ainda um balanço oficial sobre a prisão de operadores do garimpo ilegal, mas em Humaitá houve conflitos entre agentes de segurança e o pessoal ligado aos garimpeiros. Um helicóptero, com atiradores pendurados nas portas, sobrevoou a beira rio para dissipar uma multidão que foi para o local observar as balsas que foram destruídas por bombas.
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A operação Boiuna foi a primeira que teve a atuação coordenada entre diferentes forças de segurança pública, coordenadas pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia), inaugurado semana passada pelo presidente Lula, em Manaus, e o Poder Judiciário.
Servidores do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) acompanham a operação, adotando providências quanto às condições precárias de trabalho a que são submetidos os trabalhadores encontrados nas balsas.