Um professor da rede pública, foi afastado das suas funções no município de Careiro (a 88 quilômetros de Manaus). Ele é suspeito de importunação sexual e estupro de vulnerável contra 22 alunas de 11 anos.
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), informou que solicitou à Justiça a prisão temporária e busca domiciliar do professor. O pedido foi negado, mas ele está proibido de se aproximar das vítimas e de dar aulas.
As investigações seguem na 34ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Careiro, que continua reunindo provas para esclarecer os fatos e adotar as medidas cabíveis.
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Entenda o caso
De acordo com o delegado David Jordão, da 34ª DIP de Careiro Castanho, o caso chegou ao conhecimento da equipe por meio de um Procedimento Operacional Padrão (POP) da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc), após denúncias encaminhadas pela gestão da escola da rede estadual. As informações indicavam que o professor, que lecionava para turmas do 5º ano, estaria mantendo comportamentos inadequados com os alunos.
“Os relatos indicam aproximações excessivas, olhares sugestivos e, em um dos casos, houve menção a toques indevidos nos seios de uma das alunas. A partir disso, iniciamos imediatamente as diligências para apurar os fatos e levamos o caso ao conhecimento do Judiciário. Solicitamos à Justiça o mandado de prisão temporária do investigado, mas o pedido foi indeferido”, explicou o delegado.
Na última segunda-feira (19), foram cumpridos mandados de busca e apreensão domiciliar na residência do professor. Durante a ação, foram recolhidos o celular e o notebook dele.
“Nos dispositivos apreendidos encontramos, de forma preliminar, materiais de conteúdo pornográfico. Esses arquivos serão analisados por perícia técnica para verificar a natureza exata do conteúdo. As investigações continuarão com a realização de escutas especializadas com os estudantes e outras diligências autorizadas pela Justiça, pois o nosso objetivo é garantir que todos os procedimentos sejam conduzidos de forma técnica, responsável e dentro dos limites da lei”, completou Jordão.
A Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc) informa que, assim que a direção da unidade escolar tomou ciência das denúncias, adotou o Procedimento Operacional Padrão (POP), reportando o caso à Secretaria de Educação e acionando o Núcleo de Inteligência em Segurança Escolar (Nise).