A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) divulgou, nesta terça-feira (28), dados alarmantes sobre a esporotricose no estado. Até o momento, foram registrados 2.865 casos de esporotricose animal, com 2.677 confirmados e 1.482 animais em tratamento. A doença, causada por um fungo do gênero Sporothrix, afeta principalmente gatos, que representam 97,3% dos casos, com cães correspondendo a 2,7%. A infecção tem sido responsável por 1.171 eutanásias ou óbitos entre os animais afetados.
A esporotricose é uma infecção subcutânea que pode ser transmitida entre animais e seres humanos. O fungo, presente no solo, nas cascas de árvores e na vegetação em decomposição, entra em contato com a pele humana ou animal por meio de ferimentos, como arranhaduras ou mordeduras, provocando o surgimento de lesões. Para os humanos, o contato com ferimentos causados por espinhos, palha ou madeira contaminados é uma das principais formas de transmissão.
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No Amazonas, também foram registrados 1.365 casos de esporotricose humana, com 1.063 confirmações até o dia 28 de julho deste ano. Os casos estão concentrados em Manaus, com 996 notificações, e em outros municÃpios como Presidente Figueiredo, Barcelos e Manacapuru. A boa notÃcia é que não houve óbitos humanos relacionados à doença até o momento.
A FVS alertou sobre a necessidade de monitoramento cuidadoso, principalmente em áreas de risco, como zonas rurais e áreas com grande presença de animais de rua. A recomendação é que cães e gatos não circulem soltos, o que pode reduzir as chances de exposição ao fungo. Em caso de suspeita de esporotricose, tanto em humanos quanto em animais, é essencial procurar atendimento médico ou veterinário com urgência.
A prevenção da doença, tanto para humanos quanto para animais, depende de cuidados simples, como o uso de roupas adequadas em áreas de vegetação e a supervisão rigorosa de animais domésticos. O tratamento é eficaz quando iniciado cedo, mas a detecção precoce é crucial para evitar complicações e a disseminação do fungo.