O Poder Judiciário do Amazonas revogou, na tarde da última terça-feira, 17 de junho, a prisão preventiva de Adeilson Duque Fonseca, conhecido como “Bacana”. Ele estava preso desde o dia 7 de dezembro de 2024, acusado de agredir o cantor e compositor Paulo Onça, de 63 anos, durante uma discussão de trânsito ocorrida no bairro Praça 14 de Janeiro, Zona Sul de Manaus.
A agressão, segundo as investigações da Polícia Civil, causou graves ferimentos em Paulo Onça, incluindo afundamento de crânio. O artista foi socorrido, mas permaneceu internado por cerca de cinco meses, falecendo no dia 26 de maio de 2025 em decorrência das lesões.
LEIA TAMBÉM: Mulher é procurada por homicídio em Manacapuru
Com a revogação da prisão, “Bacana” foi colocado em liberdade mediante cumprimento de medidas cautelares pelo crime contra Paulo Onça . Entre as condições impostas estão o uso de tornozeleira eletrônica por 200 dias, a participação no projeto Reeducar e a proibição de manter qualquer contato com os familiares da vítima. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) confirmou a soltura, e o acusado compareceu nesta quarta-feira (18/06) ao cartório judicial para assinar o termo de compromisso.
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) recorreu da decisão judicia sobre a decisão de revogação da prisão do acusado de matar Paulo Onça. Em seu recurso, o órgão de controle defende a manutenção da prisão preventiva e argumenta que o acusado representa risco à ordem pública. O MPAM também menciona que a liberdade de “Bacana” pode causar sensação de impunidade e insegurança social.
O processo segue em tramitação na Justiça do Amazonas. Adeilson Duque Fonseca responde pelo crime de homicídio qualificado. Conforme consta nos autos, ele teria deixado o local do crime sem prestar socorro a Paulo Onça. A Justiça ainda deverá julgar o mérito da acusação.