Manaus pode amanhecer sem ônibus circulando nas ruas nesta segunda-feira (9), caso os rodoviários confirmem a paralisação total do transporte público. A ameaça de greve da categoria surge em protesto contra a demissão de 600 cobradores anunciada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram).
Segundo Givancir Oliveira, presidente do Sindicato dos Rodoviários, a decisão das empresas descumpre um acordo prévio que limitava a redução do quadro de cobradores a até 15%, apenas em linhas deficitárias. A proposta atual, no entanto, prevê a demissão de 35% da categoria, o que representa uma demissão em massa e foi rejeitada pelos trabalhadores.
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“Na segunda-feira, possivelmente, entraremos em greve 100% em toda Manaus. Tudo por conta dos empresários não cumprirem o acordo em vigor. Eles querem demitir 600 cobradores e isso não vamos aceitar. Vai ter guerra”, afirmou Givancir.
A categoria justifica que o acordo foi firmado após assembleia e que a redução deveria atingir apenas linhas com baixa arrecadação, porém a ampliação do corte não foi negociada. A paralisação afetaria milhares de usuários do transporte coletivo na capital amazonense.
Em resposta, a Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), negou que haverá paralisação na segunda-feira (9) — data informada no comunicado oficial — e informou que, após mediação, foi concluída uma negociação entre os sindicatos. O IMMU afirmou que o serviço funcionará normalmente, garantindo a mobilidade e o direito de ir e vir da população.
A Prefeitura ainda acompanha o desenrolar da situação e reafirma seu compromisso com o transporte público da cidade.