Mais de mil trabalhadores da construção civil participaram de uma manifestação na manhã desta segunda-feira (30/6), em Manaus, em continuidade à greve da categoria iniciada na última sexta-feira (27/6). O protesto ocorreu em frente à sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM), localizada na avenida Djalma Batista, bairro Chapada, zona centro-sul da capital. A mobilização causou congestionamentos na via durante o período da concentração.
A greve foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Amazonas (Sintracomec) e já provocou a paralisação de aproximadamente 10 mil trabalhadores. Segundo o sindicato, a categoria representa cerca de 20 mil profissionais atuando em mais de 30 obras públicas e privadas em Manaus, incluindo projetos vinculados ao programa federal “Minha Casa, Minha Vida”.
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Os trabalhadores reivindicam um reajuste salarial de 12%, aumento no valor da cesta básica, que atualmente é de R$ 200 e passaria para R$ 600, além de melhorias nas condições dos canteiros de obras. Ônibus foram utilizados para transportar manifestantes ao local do ato.
A proposta mais recente apresentada pelo Sinduscon-AM foi de 7,8% de reajuste salarial, o que, segundo o sindicato patronal, representa um índice acima da inflação acumulada. No entanto, a proposta foi rejeitada pelo Sintracomec. De acordo com o presidente do sindicato dos trabalhadores, o ex-vereador Sassá, a categoria deseja que o salário de servente chegue a pelo menos R$ 1.800 e o de pedreiro, a R$ 2.600.
O presidente do Sinduscon-AM, Frank Souza, declarou por meio de vídeo publicado nas redes sociais que considera a paralisação uma medida “precipitada” e que as negociações ainda estão em andamento. Segundo ele, já foram realizadas quatro rodadas de reuniões e uma nova sessão está prevista para ocorrer na próxima quarta-feira (2/7).
O Sintracomec aguarda também a realização de uma audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT), que pode acontecer até a próxima quinta-feira (3/7). Caso não haja avanço nas tratativas, o sindicato ameaça ampliar a greve, incluindo trabalhadores de obras do Governo do Estado e da Prefeitura de Manaus. A paralisação segue por tempo indeterminado.