A presença de uma onça nas proximidades de uma escola na comunidade rural de Teresina, em Tabatinga, no interior do Amazonas, causou alvoroço nesta semana. Segundo relatos compartilhados em grupos de WhatsApp, o animal foi avistado circulando próximo à instituição de ensino, o que gerou preocupação entre os moradores, especialmente pais de alunos.
De acordo com informações preliminares, alguns caçadores da região decidiram abater a onça, que aparentava ser jovem, após perceberem que ela estava se aproximando da área onde estudam crianças. Após a morte do animal, o corpo foi colocado em um carrinho de mão e levado até o centro da comunidade, onde foi exibido para moradores — incluindo alunos da escola, que chegaram a tocar na carcaça e mexer em seus dentes.
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As imagens da onça morta rapidamente se espalharam pelas redes sociais, gerando intensa repercussão e opiniões divididas. Parte da população local apoiou a atitude dos caçadores, argumentando que a ação evitou um possível ataque. Já outros internautas criticaram duramente a morte do animal, questionando por que as autoridades ambientais ou o Corpo de Bombeiros não foram acionados.
“Era filhote? Devia estar procurando terra firme, está tudo alagado por aqui”, comentou uma moradora em rede social. Outros lembraram que avistamentos de onças têm sido mais frequentes em regiões alagadas ou em áreas de mata próximas à cidade, como na antiga estrada do Incra, onde ciclistas relatam ver pegadas com frequência.
A presença de grandes felinos em áreas habitadas tem se tornado mais comum, especialmente durante o período de cheia dos rios, quando os animais saem de seus habitats naturais em busca de abrigo e alimento. O caso reacende o debate sobre a convivência entre humanos e a fauna silvestre, e levanta questões sobre os protocolos que devem ser adotados para evitar tragédias sem recorrer à morte dos animais.
As autoridades ambientais ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso.