Mais de 23 mil famílias já foram afetadas pela cheia dos rios no Amazonas, segundo boletim divulgado neste sábado (19/04). O número equivale a 92,4 mil pessoas diretamente impactadas em diferentes regiões do estado.
As informações foram repassadas pelo Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais, ligado ao Governo do Amazonas.
As nove calhas de rios da região seguem em processo de cheia, com picos variados previstos entre março e julho. Das 62 cidades amazonenses, nove decretaram situação de emergência, 17 estão em estado de alerta e 36 em situação de atenção.
A Operação Cheia 2025 foi iniciada oficialmente no último dia 16, com anúncio feito pelo governador Wilson Lima. As primeiras ações de ajuda humanitária foram direcionadas aos municípios da calha do rio Madeira – Humaitá, Manicoré e Apuí –, os primeiros a decretarem emergência.
LEIA TAMBÉM: Acidentes de trabalho aumentam quase 70% e tiram a vida de 142 pessoas no Amazonas
Na quinta-feira (18/04), uma força-tarefa partiu do porto do São Raimundo, em Manaus, levando 160 toneladas de cestas básicas, 600 caixas d’água e 33 mil copos de água potável. Também foram enviados seis purificadores de água do projeto Água Boa, capazes de tratar e distribuir água limpa para comunidades isoladas.
Segundo a Defesa Civil estadual, o monitoramento dos níveis dos rios é feito de forma contínua pelo Centro de Monitoramento e Alerta da corporação.
Entre os municípios em situação de emergência por causa da cheia dos rios no Amazonas estão Humaitá, Apuí, Manicoré, Boca do Acre, Guajará, Ipixuna, Novo Aripuanã, Benjamin Constant e Borba.
Já as cidades em estado de alerta incluem Nova Olinda do Norte, Pauini, Lábrea, Canutama, Tapauá, Beruri, Itamarati, Eirunepé, Envira, Carauari, Juruá, Atalaia do Norte, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins.
Outros 36 municípios permanecem em situação de atenção, incluindo Parintins, Itacoatiara, Coari, Manacapuru e a capital, Manaus.