O senador Plínio Valério (PSDB) foi duramente criticado por conta de uma declaração feita em relação a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, durante um evento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomércio-AM). Durante sua fala, Plínio citou a presença de Marina na CPI das ONGs, em 2023, e disse “imagine o que é tolerar a Marina 6 horas e 10 minutos sem enforcá-la”.
A fala misógina (que demonstra o ódio, desprezo ou preconceito contra mulheres ou meninas) arrancou risos de parte do público presente no evento, mas despertou a revolta de várias lideranças políticas, principalmente das lideranças femininas.
Na Câmara Federal, deputadas de nove partidos pediram a cassação de Plínio Valério. Benedita da Silva (PT-RJ), Duda Salabert (PDT-MG), Enfermeira Ana Paula (Podemos-CE), Gisela Simona (União-MT), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Laura Carneiro (PSD-RJ), Maria Arraes (Solidariedade-PE), Tabata Amaral (PSB-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ) assinaram a representação ao Conselho de Ética, onde afirmam que a fala do parlamentar configura quebra de decoro e “não apenas fere a dignidade da ministra, mas também desqualifica o debate político ao utilizar uma linguagem de incitação à violência”.
No Senador Federal, as senadoras Zenaide Maia (PSD-RN), senadora Leila Barros (PDT-DF) e Eliziane Gama (PSD-MA) condenaram a fala de Plínio Valério e afirmaram que falas que incitam o ódio são intoleráveis e devem ser sempre combatidas.
A deputada estadual Alessandra Campelo (Podemos) usou as redes sociais para repudiar a fala do senador. “É esse tipo de comportamento que legitima a cultura da violência contra as mulheres no Brasil. Contra homens, claro, ele aguentaria algumas horas sem ‘enforcá-los’, mas quando do lado oposto do debate tem uma mulher pode tudo, não é? Até enforcar. É machismo, misoginia, ódio às mulheres. Não contem com meu silêncio, pois meu posicionamento é claro!”, disse a deputada.
‘Psicopata’ – Marina Silva criticou Plínio Valério e o comparou com psicopatas. “Quem brinca com a vida dos outros, ou faz ameaça ao outros de brincadeira e rindo, só os psicopatas são capazes de fazer isso”, disse. A ministra ainda disse que a fala do senador do Amazonas incita a violência e que a divergência política ultrapassa os limites apenas por ela ser uma mulher.
Chamada federal – O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (UB-AP), disse que Plínio Valério foi “infeliz” em seu pronunciamento a respeito da ministra Marina Silva e que o senador do Amazonas não poderia falar o que falou e que tinha certeza de que Plínio se retrataria da fala.
Não viu problema – Diante de toda a repercussão negativa, o senador Plínio Valério se pronunciou. Diferente dos que muitos pensaram que fosse acontecer, o parlamentar não se desculpou e não se arrependeu da fala porque, segundo ele, foi apenas uma “brincadeira”.
Apoio às mulheres vítimas de violência – O governador Wilson Lima (UB) vistoriou na última semana as obras da Casa da Mulher Brasileira, inovação no atendimento humanizado às mulheres do Amazonas. O local vai ampliar as políticas públicas e a rede de proteção disponibilizada pelo Governo do Amazonas. Em Manaus, o equipamento será do tipo 1, ou seja, a estrutura mais completa existente no Brasil. As tratativas para a implantação da Casa da Mulher vêm sendo coordenadas pela Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), com o apoio e fiscalização da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra).

Mulheres na política – Representando o Amazonas, a presidente estadual do União Brasil Mulher, Kuka Chaves, esteve em Brasília (DF) junto com lideranças femininas de todo o país para o terceiro encontro do Programa Defesa Lilás, uma iniciativa do União Brasil voltada para o fortalecimento da participação das mulheres na política.

Mais gavetas funerárias – Na semana passada, o prefeito David Almeida (Avante) realizou uma vistoria nas obras do cemitério vertical, localizado no cemitério Nossa Senhora Aparecida, Tarumã, zona oeste de Manaus. No local, as obras avançam, ampliando a capacidade do espaço com a construção de mais 7,8 mil gavetas funerárias. A medida é uma necessidade diante da alta demanda por sepultamentos na cidade, já que os cemitérios municipais chegaram ao limite de sua capacidade.
Nova pasta em ação – A Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (SEPA) já articula, junto à bancada federal, emendas e entregas para 2025/2026. O secretário da pasta, Alessandro Cohen, esteve em Brasília articulando recursos para fortalecer a pesca artesanal e a aquicultura no Amazonas, com propostas como a obtenção de tanques-rede em Balbina, a implantação de fábricas de gelo com energia renovável (fotovoltaica) e a aquisição de notebooks, que serão distribuídos para as associações, sindicatos e colônias cadastradas no programa Atualiza Pescador.

De repouso – O deputado estadual Delegado Péricles (PL) passou por um procedimento cirúrgico na semana passada e precisou se ausentar das atividades parlamentares. Nas redes sociais o deputado não deu detalhes do motivo da cirurgia, mas postou fotos, disse que está bem, agradeceu as orações pela sua saúde e disse que em breve estará de volta.
Invasão domiciliar por drone – O ex-prefeito de Envira, Ruan Mattos (UB), usou as redes sociais para denunciar uma suposta perseguição política. Na publicação, Ruan relata que a atual gestão da prefeitura do município usou um drone para sobrevoar a sua residência e disse que todos os responsáveis pela perseguição serão processados. “Seja um site, uma conta de Instagram ou quem pilotou o drone, ninguém está acima da lei!”, disse.
Caso Eletrobras – De acordo com o site Estado Político, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) iniciou uma sindicância contra três servidores públicos da corte, por suspeita de envolvimento no Caso Eletrobras. A decisão de abrir a nova sindicância está diretamente relacionada à atuação do Ministro Mauro Campbell Marques, Corregedor Nacional de Justiça, que previamente determinou o afastamento do desembargador Elci Simões e do juiz Jean Carlos Pimentel dos Santos.
Projeto arquivado – O Projeto de Lei Municipal 0032025, de autoria do vereador Raiff Matos (PL), que previa uma série de sanções a pessoas físicas e jurídicas condenadas por invasão de imóveis em Manaus, com penas que incluíam a proibição de recebimento de benefícios fiscais, sociais, previdenciários e assistenciais do Município, além do impedimento de participar de licitações, contratos e de ocupar cargos na Câmara Municipal e na prefeitura, foi arquivado após articulações da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) junto aos vereadores da Câmara Municipal de Manaus. A DPE-AM alegou que que texto tinha vício de competência e contrariava a Constituição, ao negar benefícios sociais a pessoas em vulnerabilidade. O próprio autor do PL foi quem pediu o arquivamento.

De olho na Saúde de Apuí – O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) instaurou um procedimento administrativo e emitiu uma recomendação para fiscalizar a gestão dos plantões médicos. Ação recomenda que programação de expediente dos profissionais seja fixada em locais visíveis ao público, como no Hospital Dorvalino Lagasse, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). A fiscalização do MPAM abrangerá a estrutura das unidades de saúde, avaliando a disponibilidade de equipamentos, insumos e medicamentos essenciais, além da qualidade dos serviços de atenção básica, de urgência, de emergência e de consultas especializadas. Também será analisada a regularidade da escala de médicos e demais profissionais, assegurando que suas presenças estejam de acordo com os contratos firmados.

Contas reprovadas – O Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) reprovou a prestação de contas anual da Câmara Municipal de Tapauá referente ao exercício de 2022, sob responsabilidade do então presidente Francisco Josimar da Silva Teixeira, após análise de uma série de irregularidades que comprometeram a transparência e a legalidade da gestão financeira do órgão. Entre os principais problemas, destacam-se a prorrogação indevida de contratos, falhas na alimentação do sistema e-Contas, ausência de documentos que comprovem despesas com diárias e insuficiência de caixa para cobrir obrigações financeiras. Francisco Josimar terá que devolver aos cofres públicos R$ 15 mil em multas.