Motoristas e cobradores dos ônibus do transporte coletivo em Manaus iniciaram uma greve surpresa, na tarde desta quarta-feira (08/01), em protesto contra atrasos salariais. É o segundo mês seguido que os trabalhadores relatam o problema. Por mês, só de subsídio da Prefeitura e o Governo do Estado, pago com dinheiro público, as empresas recebem cerca de R$40 milhões.
A paralisação ocorre poucos dias após o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), anunciar um aumento na tarifa de ônibus, previsto para começar em fevereiro de 2025. Sem apresentar estudos técnicos até o momento, o prefeito mencionou que a tarifa atual de R$ 4,50 poderá subir para R$ 5,10 ou mais.
Segundo Almeida, estudos ainda serão realizados para justificar o reajuste, mas o anúncio já gerou descontentamento entre os usuários.
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Por causa disso, o Ministério Público do Estado (MP-AM) anunciou a abertura de uma investigação, que mira o Instituto de Mobilidade Urbana (IMMU) e o Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo de Passageiros (Sinetran-AM), que terão de explicar as bases para o aumento.
Toda a discussão em torno da subida dos preços das passagens tem sido feita de forma sigilosa pela gestão David Almeida. O anúncio de aumento tarifário ocorreu antes do mandatário viajar 14 dias de férias e aconteceu de forma improvisada, quando ele comentava sobre a entrega de 20 novos veículos.
Sem ônibus circulando, muitos trabalhadores e estudantes enfrentam dificuldades para se deslocar pela cidade. Nas redes sociais, usuários expressaram indignação com a greve dos ônibus, cobrando soluções rápidas do prefeito tanto para o pagamento dos trabalhadores quanto para a melhoria do transporte público.
A prefeitura de Manaus ainda não se manifestou sobre a greve de ônibus. Quando isso acontecer, essa matéria será atualizada.