O vice-governador Tadeu de Souza abriu a 5ª Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). O evento tem o objetivo de mapear necessidades dos setores científico, tecnológico e de inovação nos 62 municípios, para aperfeiçoar suas políticas estaduais para os próximos dez anos.
Em paralelo, deve-se encaminhar propostas à elaboração da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) a ser executada pelo Governo Federal até o ano de 2030.
A conferência é realizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedecti), ocorre na Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (EST/UEA) até quarta-feira (27/03).
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Ao discursar para uma plateia composta por reitores e membros de universidades públicas e privadas, além de representantes de entidades de ciência e tecnologia, Tadeu de Souza ressaltou a importância estratégica do Amazonas no cenário tecnológico nacional. Destacou os esforços do Governo Wilson Lima no impulso a matrizes econômicas alternativas à Zona Franca de Manaus (ZFM).
“A gente tem um ambiente muito diferente do restante do país, porque ao mesmo tempo que temos um estado muito industrializado, há a necessidade de desenvolver outras matrizes econômicas vinculadas aos ativos da floresta. Portanto, mais do que nunca, esse ambiente de ciência, inovação, desenvolvimento e modulação de uso de recursos de P&D é importantíssimo para complementar a indústria regional”, declarou.
A conferência tem como objetivo identificar as necessidades do Amazonas a partir de quatro eixos temáticos. Ao final do evento, será gerado um documento contendo estratégias de fortalecimento do ecossistema estadual de CT&I para os próximos 10 anos, além de propostas para a ENCTI 2024-2030, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT).
A nova ENCTI estará no centro dos debates da 5ª Conferência Nacional de CT&I, programada para ocorrer em junho, em Brasília (DF), com o tema “Um Brasil justo, sustentável e desenvolvido”. Antes, por escolha do Governo Federal, o Amazonas também sediará, em abril, a etapa regional da conferência, reunindo todos os estados da região Norte.
Este ano, o Governo do Amazonas aportou, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapeam), R$ 49 milhões para 800 projetos ligados ao desenvolvimento de Ciência e Tecnologia. Para o titular da Sedecti, Serafim Corrêa, promover o desenvolvimento de políticas públicas para Ciência e Tecnologia é garantir mais crescimento econômico na região.
“Ciência, tecnologia e inovação é uma lição do passado que impõe uma postura no presente e cada vez mais ciência, tecnologia e inovação para o futuro. As ideias todas serão levadas à Conferência Nacional e, por certo, muita coisa boa vai surgir. Sem ciência, tecnologia e inovação, nós não temos futuro, nem social, nem econômico, nem ambiental”, afirmou Serafim.
A subsecretária de Ciência e Tecnologia para a Amazônia do MCTI, Tanara Lauschner, ressaltou o caráter social de políticas públicas voltadas à ciência. “Quando a gente fala de Amazônia, a gente vai falar de toda a sua riqueza da biodiversidade, mas também fala de um território que tem quase 30 milhões de pessoas. Então, a gente sempre tem que pensar a ciência e tecnologia aliada ao desenvolvimento social”.