Navios com mais de 400 contêineres com mercadorias conseguiram superar a seca dos rios e chegaram a Manaus, nesta quarta-feira (22/11). O anúncio foi feito pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Informação (Sedecti).
O desembarque é visto como um alívio pela indústria e, principalmente o comércio, que aguardava ser abastecido para as vendas de fim de ano.
De acordo com a Sedecti, a carga têm insumos para o Polo Industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM) e também produtos para o comércio.
“A chegada destes navios é muito importante, pois ficamos mais de 50 dias, por conta da estiagem, sem receber navios. Isso tem um impacto muito grande na nossa economia local, no Polo Industrial de Manaus, mas com as dragagens que foram feitas pelo governo federal, a pedido do governo estadual, do Governo do Amazonas, e também com o período das chuvas, os navios voltaram a vir para Manaus”, diz o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico da Sedecti, Gustavo Igrejas, que acompanhou a chegada.
O primeiro navio de cargas a atracar no Porto Chibatão, no bairro Colônia Oliveira Machado, zona Sul de Manaus, foi o Aristole (Mercosul CMA CGM), vindo de Fortaleza, que chegou às 18h desta quarta-feira (22/11). Já para quinta-feira (23/11), estão previstos os atracamentos de navios vindos de São Paulo, Porto de Santos, e de Pernambuco, Porto de Suape. Essas embarcações trazem também insumos para indústrias do Polo Industrial de Manaus.
Ainda nesta semana, na sexta-feira (24/11), serão embarcados mais de 507 contêineres cheios, que serão exportados com produtos da Zona Franca para outros locais, totalizando o movimento nos rios por navios de mais de 900 contêineres.
Dragagem ajuda transporte de mercadorias mesmo com a seca dos rios
A seca dos rios vem causando dificuldades ao transporte de mercadorias no Amazonas. Por isso, ainda em outubro, o serviço de dragagem emergencial, um processo que auxilia na remoção de sedimentos, como terra, areia, rochas e lixo, dos rios, foi iniciado para facilitar o escoamento de cargas e produtos da região, bem como o transporte de pessoas no Amazonas.
Em ritmo acelerado, o trabalho, realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), começou após pedido do governador Wilson Lima ao presidente Lula.