Manaus registrou mais de 600 ocorrências, entre problemas que afetaram a rede de energia elétrica e riscos de deslizamento e alagações, por conta da forte chuva que iniciou na madrugada desta terça-feira (07/11).
Segundo a Defesa Civil, foram notificados dez casos de riscos de tombamento, deslizamento, alagamento e destelhamento em zonas distintas da capital amazonense.
Entre as ocorrências, duas foram de risco de tombamento registradas no bairro Santa Etelvina e Cidade Nova, ambos na zona Norte de Manaus.
A terceira ocorrência por conta da chuva em Manaus foi a de um deslizamento, que foi registrada no bairro Armando Mendes, na zona Leste de Manaus.
Além disso, outros bairros registraram alagamento e destelhamento. Estiveram nos locais de risco equipes da Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil Municipal (Sepdec), vinculada à Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg), que atendem por meio da Central 199.
Amazonas Energia soma mais de 600 ocorrências após chuva
A concessionaria Amazonas Energia registrou até as 11h desta terça-feira (07/11) um total de 630 ocorrências emergenciais provocadas pela forte chuva que atingiu Manaus desde a madrugada de hoje. Ao todo, 60 equipes da empresa atuam para normalizar o serviço para aproximadamente 49 mil clientes afetados em todas as zonas da capital amazonense.
Segundo o coordenador do Centro de Operação da Distribuição da Amazonas Energia, Ernesto Costa Diniz, os ventos fortes provocaram derrubadas de galhos de árvores sobre a rede de fiação, além de postes de energia elétrica e destelhamento de casas. Ele informou que desde o último domingo (05), as ocorrências emergenciais dispararam na concessionaria, em razão dos fortes temporais em Manaus.
“Desde o dia 5, por volta das 13h30, teve o primeiro temporal, inclusive, estava ocorrendo o Enem, e estávamos somente com 30 ocorrências. Esse temporal atingiu principalmente a Zona Oeste, como Compensa, Redenção, Tarumã, Ponta Negra. A quantidade de ocorrências chegou até a 850 (no domingo)”, explicou o coordenador, reiterando que em toda a capital foram registradas ocorrências emergenciais nesta terça-feira.
“Praticamente todas as áreas foram afetadas. Temos várias ocorrências de postes caídos, redes (elétricas) no chão. Foi um temporal mais abrangente. No dia 5, foi mais concentrado na Zona Oeste. A gente costuma dizer que a chuva não é o problema. O problema é o vento, que causa efeito mais catastrófico”, completou Ernesto.
A Amazonas Energia priorizou os atendimentos em regiões que concentram unidades de atendimento em saúde e dobrou o número de equipes.
“Primeiramente, atendemos as unidades de saúde; as indústrias, que são clientes especiais que concentram alta tensão e média tensão; áreas onde o impacto aos clientes são maiores. Quando há risco, áreas com possibilidade de risco de morte, por exemplo, de rede elétrica partida no chão, é priorizado o atendimento. Às vezes, quando falamos em priorizar, não é restabelecer a energia. Quando tem rede partida no chão, faz-se o trabalho de isolamento. Depois, analisa a dimensão de impactos para adotar as medidas mais assertivas para os clientes”, disse.
O tempo médio de atendimento dessas ocorrências nesta terça está em 100 minutos. “Até o fim do dia é muito provável que o tempo médio chegue a 400 minutos. No domingo (05), chegamos a um tempo médio de 347 minutos”, disse o coordenador Ernesto.
O que fazer em situações de chuva em Manaus?
Entre as recomendações da Defesa Civil de Manaus estão seguir a rotina com atenção, acompanhar a previsão do tempo e suas atualizações, se manter informado por intermédio dos meios de comunicação.
Em casos de risco é necessário ligar para o 193, do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) e também o 199, da Defesa Civil
Até às 13h desta terça-feira, a pluviometria por zona, na capital, foi de: Leste (76 milímetros), Norte (71 milímetros), Sul (62 milímetros), Centro-Sul (53 milímetros), Centro-Oeste (38 milímetros) e Oeste (35 milímetros).