A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Contratados do Estado (Arsepam) está monitorando os preços praticados pelas 136 embarcações que atuam no transporte intermunicipal de passageiros e cargas no Amazonas. Até o presente momento, a autarquia estadual não identificou nenhum valor abusivo de passagem nas 116 linhas/destinos, mas detectou o aumento do custo operacional em decorrência da estiagem.
As informações coletadas pelo Departamento de Transporte Hidroviário (DETH) da Arsepam são repassadas diariamente ao Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência, com o objetivo da construção de ações em conjunto com os demais órgãos do grupo.
Os dados apontam que 38 municípios estão em situação de emergência quanto à locomoção de passageiros e cargas. Ao todo, 59 municípios do Amazonas dependem do transporte hidroviário intermunicipal. Nas calhas do Médio e Alto Solimões, somente as embarcações com calados menores (parte do casco que fica submersa) ou ferryboats estão conseguindo chegar nas sedes dos municípios.
Os ferryboats ainda chegam aos destinos devido à sua estruturação de calado reta e de menor profundidade. Das nove calhas do Estado, sete apresentam dificuldades extremas de logística.
Por exemplo, embarcações que realizavam viagens até Tabatinga, da calha do Alto Solimões, utilizavam normalmente 20 mil litros de combustível (diesel marítimo) por viagem, agora a quantidade chega a 24 mil litros. Do dia 28 de agosto deste ano a 26 de setembro, o combustível teve aumento de 9,17%.