Um dos suspeitos da morte da grávida Débora Alves da Silva, de 18 anos, foi preso pela Delegacia de Homicídios e Sequestros (DEHS). Trata-se de José Nilson Azevedo da Silva, conhecido como “Nego”. Ele auxiliou Gil Romero a matar e sumir com o corpo da vítima e do bebê que a jovem carregava na barriga.
Grávida de oito meses, Débora Alves foi morta com requintes de crueldade. Conforme a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta que o feminicídio foi cometido porque o pai da criança que Débora esperava não queria que o neném nascesse.
O principal suspeito do feminicídio é Gil Romero Machado Batista, de 42 anos. Ele engravidou Débora, mesmo estando casado com outra mulher. Agora, está sendo procurado pelas equipes policiais.
De acordo com o delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS, a vítima já havia passado por outras situações de conflito com o pai da criança antes de ter sido morta. Mas teria decidido perdoá-lo pensando na boa convivência que precisaria ter com o pai de seu filho.
“No inicio da gravidez, Romero havia dado remédios abortivos para ela, mas não teve sucesso. Ele também tentou contra a vida dela, e a tinha levado para um local de mata. Entretanto, ela estava com uma faca na mão e conseguiu se defender. Debora relatou esses casos para amigos e familiares, mas não houve registro de BO”, disse o delegado da Polícia Civil.
De acordo com as investigações policiais, no dia em que desapareceu e acabou sendo assassinada, Débora Alves disse a uma testemunha que estava esperando “pelo pai da criança, que ia lhe dar um dinheiro para comprar o berço do bebê”. Depois disso, ela não foi mais vista.
O Segundo a Segundo chegou a noticiar o desaparecimento de Débora Alves após o caso ter sido registrado por familiares na Delegacia em Manaus.
As investigações confirmaram que Gil Romero havia deixado o bar onde trabalhava no mesmo horário em que Débora foi vista pela testemunha à sua espera.
Também auxiliando no caso, a delegada Deborah Barreiros relatou que foram encontrados dois veículos utilizados no crime. Preso por participar do feminicídio, Nego trabalhava no boteco de Gil Romero como gerente e era considerado a pessoa de confiança dele.
“No dia do crime, Romero chamou ‘Nego’ para ir até o local onde ele era vigilante, que era um usina abandonada. Eles já tinham o costume de ir nesse lugar, pois estavam saqueando fios de cobre de lá. De acordo com o depoimento de José Nilson, Romero o chamou para o carro e lá estava a jovem morta e que, aparentemente, teria sido asfixiada. Ele disse que ficou com medo, mas por receio de que Romero fizesse algo contra ele, decidiu ajudar na ocultação de cadáver”, explicou a delegada.
O corpo de Débora Alves foi levado para o galpão e lá foi encharcado de produtos inflamáveis. Colocaram o corpo da jovem dentro de um tonel e atearam fogo. O paradeiro da criança ainda não é sabido pela polícia, mas há fortes indícios de que ela foi retirada da barriga de Débora, ainda viva e depois foi morta e desovada.