Alagações e protestos marcaram a noite de quarta-feira (18), em Manaus, por conta das fortes chuvas. Cenas de casas alagadas, igarapés transbordando e ruas transformadas em verdadeiros rios voltaram a se repetir em pelo menos nove bairros. Não há registro de mortes e, até o momento, a prefeitura não confirma famílias desalojadas.
Em nota, a Defesa Civil de Manaus informou o atendimento de 13 ocorrências na capital e disse que está em estágio de mobilização por conta das chuvas. “Nas últimas 12 horas foram registrados 62.7 milímetros de chuva, tendo a zona Leste como a área mais afetada no momento. Há possibilidade de nova mudança de estágio devido à chuva e/ou outros fatores.”
Segundo a Prefeitura de Manaus, “nos principais pontos de alagamento das zonas Leste e Centro-Sul, os bueiros estavam obstruídos por lixo, descartado de forma irregular nas ruas e avenidas e arrastado pelas águas da chuva.”
Leitores do Segundo a Segundo reclamaram da demora da Defesa Civil em atender aos chamados. Protestos foram registrados nos bairros Zumbi e Nova Vitória, com moradores colocando fogo em lixo no meio da rua para cobrar rapidez da Prefeitura de Manaus.
Mensagens e vídeos que viralizaram nas redes sociais mostram áreas com alagações no Armando Mendes, Zumbi, Vila Amazonas, Crespo, Betânia, Grande Vitória, bairro União, comunidade da Sharp, São José e Parque Dez.
No Armando Mendes, na zona leste, a Escola Estadual Manoel Rodrigues ficou debaixo d’água.
Mortes pela chuva no Jorge Teixera completam dois meses
Esta semana completou dois meses da tragédia no bairro Jorge Teixeira, quando oito pessoas morreram dentro de casas soterradas pelo deslizamento de um barranco.
Dessa vez sem vítimas fatais, a chuva de ontem reacendeu a preocupação entre quem mora nas áreas de risco da cidade.