A Vale em parceria com o ISPN (Instituto Sociedade, População e Natureza) abriu edital de apoio para a permanência de indígenas no ensino superior, denominado Programa Indígena de Permanência e Oportunidades na Universidade (Pipou). Serão oferecidas 55 bolsas de R$ 1 mil por mês e um computador portátil. O prazo final de inscrição é o dia 4 de janeiro de 2023.
Além do auxílio financeiro, o programa oferece acompanhamento pedagógico e atividades extracurriculares, como a promoção de debates e reflexões que contribuam para o acesso a direitos. Outro objetivo do programa é fortalecer as iniciativas de ações afirmativas para indígenas nas Instituições de Ensino Superior do país.
A seleção será composta por duas etapas: na primeira, o candidato deverá preencher um formulário e enviar uma redação sobre a sua trajetória de vida, incluindo o ingresso na universidade. Na segunda, os selecionados a partir da primeira fase, serão convocados para uma entrevista, em que será avaliado o compromisso com o curso de graduação e com seu povo e território. Os critérios para inscrição no processo seletivo estão listados no edital que poderá ser acessado no site do ISPN. Dentre eles, o/a estudante indígena deverá ter iniciado seus estudos nos anos de 2021 ou 2022 e estar matriculado/a em uma das 26 Instituições de Ensino Superior selecionadas. As inscrições ficarão abertas até o dia 4 de janeiro de 2023.
O PIPOU é uma iniciativa inédita no âmbito privado e a Vale acredita que este é um meio de fortalecer a autonomia dos povos indígenas. “Esse projeto está em linha com nossa busca pela mineração sustentável, que se baseia no relacionamento construtivo, de benefícios mútuos e no respeito aos direitos dessas populações, como a educação”, explica Camilla Lott, gerente executiva de Gestão Social da Vale.
A ideia é também ampliar o engajamento, buscando atuação conjunta pela causa. “Com esse novo edital, serão mais de 100 jovens no total recebendo o auxílio. A partir do ano que vem, pretendemos expandir, para que outras empresas que tenham a pauta indígena como uma de suas prioridades também possam participar. Queremos unir forças para contribuir cada vez mais com as comunidades indígenas, fomentando a educação e a cultura em primeiro lugar”, ressalta Camilla.