Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença ainda é a principal causa de morte entre crianças e jovens de 1 a 19 anos no Brasil, com o diagnóstico de um novo caso a cada hora. Nesse contexto, especialistas alertam que identificar a doença em seus primeiros estágios faz muita diferença para aumentar as chances de cura. O Instituto Ronald McDonald, uma das principais ONGs da área que atua a partir do engajamento da sociedade e de iniciativas como o McDia Feliz, conta com programas e projetos que incentivam o diagnóstico precoce entre suas principais atividades. Comemorando 23 anos de história neste mês, o IRM apresenta dicas da especialista Teresa Fonseca, oncologista pediátrica e membro da comissão científica do Instituto Ronald Mcdonald, sobre a identificação de sintomas que podem indicar a melhor hora de procurar um médico.
De acordo com Teresa, a dificuldade de reconhecer os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil se dá porque os sinais são parecidos com os de outras doenças da infância. “O mais frequente na criança é a leucemia, seguido por cânceres de cabeça e sistema nervoso central, e, em terceiro lugar, os tumores das ínguas, denominados de linfomas”, lista a oncologista pediátrica.
A médica alerta que é preciso conhecer os sintomas, mas ter cautela, pois os sinais descritos não significam que a criança ou o adolescente tem câncer, mas que precisa ser consultado por um oncologista pediatra para análise e monitoramento. Conheça os principais sinais:
Palidez inexplicada;
Perda de peso;
Febre prolongada sem causa aparente;
Hematomas ou sangramento;
Dores nos ossos e nas juntas, com ou sem inchaços;
Caroços ou inchaços – especialmente se indolores e sem febre ou outros sinais de infecção
Vômitos acompanhados da alteração de visão e equilíbrio;
Tosse persistente ou falta de ar;
Sudorese noturna
Reflexo branco no olho quando incide uma luz;
Olho aumentado de tamanho com mancha roxa;
Inchaço abdominal
Dores de cabeça incomum, persistente ou grave
Fadiga, letargia, ou mudanças no comportamento, como isolamento
23 anos de impacto na oncologia pediátrica
Desde sua fundação, em abril de 1999, o Instituto Ronald McDonald já apoiou 1.676 projetos de 108 instituições em mais de 21 estados contemplados, além do Distrito Federal. Através do trabalho e conscientização, as oportunidades de cura da doença no Brasil estão aumentando. “Quando começamos, as chances de cura eram em torno de 35%. Atualmente, segundo dados do Inca, as chances de cura do câncer em crianças e jovens são de 64%. É extremamente gratificante olhar para trás e observar tantas conquistas realizadas através do nosso trabalho e solidariedade de nossos parceiros. Afinal, nada disso teria sido possível sem a parceria e auxílio de voluntários, parceiros e amigos da causa, que através da dedicação incansável, se doaram para mudar a realidade e futuro de milhares de famílias. Mas ainda temos muito caminho a trilhar”, afirma Francisco Neves, Superintendente do Instituto Ronald McDonald.
O Instituto Ronald McDonald, eleito pelo quinto ano consecutivo uma das 100 Melhores ONGs do Brasil (Instituto Doar), atua com o apoio da sociedade em diferentes formas de engajamento, sendo o McDia Feliz um dos mais conhecidos. A campanha, comandada pela Arcos Dorados, operadora do McDonald’s na América Latina e Caribe, acontece há 33 anos e apoia o IRM desde o começo, tendo destinado mais de R$ 350 milhões a projetos de oncologia infantojuvenil. Segundo Paulo Camargo, Presidente da Divisão Brasil da Arcos Dorados e Presidente do Conselho Gestor do Instituto Ronald McDonald, o McDia Feliz é motivo de orgulho, pessoal e profissionalmente.
“Participo ativamente da campanha há anos. Hoje a iniciativa faz parte da agenda ESG da Arcos Dorados, pois confiamos em seu poder para impactar positivamente a sociedade por meio da escala que nossa marca tem. É satisfatório acompanhar a história do IRM e as transformações que provocou na oncologia pediátrica no nosso país. Fico ainda mais feliz de constatar que, com muita dedicação, conseguimos ser uma parte dessa trilha. Depois de 33 anos o McDia Feliz continua forte e seguimos trabalhando para sucessos cada vez maiores, como em 2021, quando arrecadamos 13% a mais que no ano anterior”, comenta Paulo Camargo.
“Todos nós temos o potencial de gerar mudanças e impactar de forma duradoura a vida de milhares de crianças e jovens e suas famílias. E o McDia Feliz é isso. Em 2021, tivemos uma campanha regada a amor e solidariedade, que gerou muitas oportunidades para diversas crianças em tratamento oncológico. Por isso, convido a todos a participarem novamente dessa grande festa pela vida, que acontece, em 2022, no dia 27 de agosto. Cada ajuda é essencial e muito importante para atingirmos nossos objetivos e contribuir para elevar ainda mais as chances de cura de crianças e adolescentes com câncer no Brasil”, destaca Bianca Provedel, Diretora Executiva do Instituto Ronald McDonald.