O Núcleo de Equoterapia do Regimento de Policiamento Montado – Coronel Bentes (RPMon), da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), reabilitou, neste ano, 77 crianças com deficiência, usando o método terapêutico e educacional com cavalos.
O major Bruno Pereira, coordenador do Núcleo, explicou que, devido à pandemia de Covid-19, os atendimentos precisaram passar por alguns ajustes.
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“No ano de 2021, nós, do Núcleo de Equoterapia, tivemos que, em alguns momentos, paralisar as nossas atividades. Mesmo assim nós conseguimos atender 77 praticantes, em uma média diária de 13 a 14 por dia. Nos últimos meses nós conseguimos retornar quase que na integralidade às atividades do Regime”, disse.
Atualmente, os profissionais que trabalham na área são equitadores, fisioterapeutas, psicólogos, pedagogos, veterinários e profissionais de Educação Física. O trabalho é dividido entre civis, militares, estagiários e voluntários.
“O nosso horário é de segunda à sexta das 7h30 ao meio-dia (pela manhã), e das 14h às 17h (pela tarde). São atendimentos de 30 minutos, individuais, por meio de uma equipe multidisciplinar que dá todo o suporte para a atividade de equoterapia e a reabilitação dos praticantes”, explicou o major.
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Desde a criação do Núcleo de Equoterapia, aproximadamente 1.600 pessoas já passaram pelo programa.
Mudança de vida – A psicóloga do Núcleo, Eulália Campos, explica que o acompanhamento da equoterapia pode durar de seis meses a dois anos, divididos em quatro fases, que vão desde o estágio para alcançar segurança e mobilidade no cavalo até etapas competitivas, em que o praticante já domina a equitação.
Segundo a especialista, os ganhos cognitivos gerados são inúmeros e conseguem mudar a vida dos participantes.
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“Eles chegam com baixa autoestima, não têm controle das próprias emoções. Na equoterapia eles se sentem valorizados e os pais percebem essa evolução. Também melhora a questão motora de quem tem paralisia cerebral. Eles ficam felizes e grandiosos porque estão em cima de um cavalo, têm um controle de rédeas, têm uma equipe de apoio em que eles confiam, e a evolução é perceptível”, disse a psicóloga.