Os produtos à base de tomate fazem parte da lista de compras para temperar ou dar um toque especial e cor aos pratos. Mas há também muitos benefícios para a saúde: o fruto é rico em antioxidantes, como o licopeno, que ajudam a combater a ação prejudicial dos radicais livres e proteger as células do corpo. O tomate também tem propriedades que contribuem para reduzir inflamações e prevenir várias doenças, como câncer e problemas do coração.
Quando passa por algum método de cocção, oferece ganhos ainda maiores. “Isso porque o licopeno é melhor absorvido pelo organismo quando o tomate é consumido cozido ou na forma de molho”, explica a nutricionista Serena del Favero, do Hospital Israelita Albert Einstein. Como se não bastassem todos esses predicados, os atomatados — nome dos produtos à base de tomate — podem ser pouco calóricos.
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Só que, diferentemente do que acontece com outras categorias de alimentos, como sucos e cafés, esses itens não se enquadram em uma regulamentação industrial clara para sua padronização. Por isso, é preciso tomar cuidado para não cair em ciladas.
O ideal, claro, é optar pelo molho caseiro sempre que possível. Ele pode ser feito tanto a partir do vegetal fresco quanto de produtos como o tomate pelado e a passata. Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, esses itens são considerados processados. Isso significa que têm como base o alimento in natura, com adição apenas de sal ou açúcar, por exemplo. Em quantidades moderadas, podem fazer parte de uma alimentação saudável.
Não é o caso dos ultraprocessados, que costumam conter grandes quantidades de sódio, óleos e açúcar, além de corantes, aromatizantes, emulsificantes, espessantes e outros aditivos químicos. Se preferir comprar um molho pronto, leia a lista de ingredientes, já que ele pode se encaixar nessa categoria.
“Os itens de melhor qualidade, sabor e textura trazem o tomate como primeiro ingrediente e não contêm muitos nomes complexos, pois eles indicam que o atomatado contém mais substâncias químicas”, ensina Lissandra Breternitz, diretora da Tomate BR, associação que representa os processadores e utilizadores de tomate industrial no país.
Evite aqueles com selos que indicam altas adições de sódio, açúcar e gordura saturada. Também é essencial conferir a tabela nutricional. Uma boa forma de avaliar se o produto é o mais indicado é comparar as informações de marcas distintas, verificando em especial os índices de sódio, gorduras e açúcar adicionados.
No que diz respeito à embalagem, o mais importante é checar se está intacta, estocada em locais com temperatura amena e pouca luz, e se está longe do prazo de validade. A seguir, entenda as diferenças entre os produtos à base de tomate:
Tomate pelado
Nessa opção o fruto é encontrado na sua forma mais natural. É feito com o tomate higienizado e sem pele — daí o nome pelado —, que é envazado com um pouco do seu suco, sem aditivos químicos.
Extrato
Essa é uma versão mais concentrada: tem textura mais espessa, quase como uma pasta, porém sem pedaços de tomate. É feito apenas com frutos processados, ou seja, o tempero fica por conta do cozinheiro. Normalmente, é usado em quantidades menores ou pode ser um pouco diluído.
Ideal para pratos que necessitam de um sabor mais intenso, como pizzas, molho à bolonhesa e ensopados. Pode também ser utilizado com molhos para dar uma dose extra de sabor, cor e textura.
Passata
Ela é um intermediário entre o molho e o extrato. É feita com tomates frescos, sem cozimento e tem uma quantidade menor de frutos por peso em relação ao extrato. Algumas versões tradicionais são elaboradas sem pele e sem sementes, mas há opções rústicas que levam o fruto inteiro. Com a consistência de um purê, normalmente não tem temperos e a maioria dos fabricantes não adiciona sal nem açúcar.
Molhos
Os molhos são feitos com o vegetal processado e temperado. Por isso, podem ter mais sódio e outros aditivos que o tornem um ultraprocessado. O ideal é evitar seu consumo, mas quando optar por eles, prefira aqueles com lista de ingredientes mais enxuta e melhor qualidade nutricional.
Por: Agência Einstein