Aumentou cerca de 70% o número de casos de esporotricose humana no Amazonas. De janeiro até novembro deste ano, foram confirmados 1.078 casos, enquanto que ao longo de todo o ano passado foram 635. Os dados são da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS).
A maior parte dos casos está concentrada em Manaus, com 1.038 pessoas acometidas pela doença originada, principalmente, de gatos infectados. Não há óbitos relacionados à doença. Além da capital, há confirmações da doença em Presidente Figueiredo (28), Barcelos (7), Urucurituba (4) e Careiro Castanho (1).
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A esporotricose é uma infecção por fungos do gênero Sporothrix, que vive naturalmente no solo, em cascas de árvores e na vegetação em decomposição, podendo infectar humanos, gatos, cães e outros mamíferos. Manaus vem enfrentando uma disparada de casos nos últimos anos. Só neste ano, 2.373 foram contaminados pela doença, dos quais 924 morreram ou foram submetidos à eutanásia.
Os números da FVS mostram que a maior quantidade de animais doentes é de gatos (97,9%), seguidos de cães (2,1%). Os animais envolvidos são, em maioria (67%), machos.
A transmissão da esporotricose para humanos ocorre pela implantação do fungo na pele ou mucosa, por meio de contato com espinhos, palha ou lascas de madeira que estiveram em contato com vegetais em decomposição contaminados pelo fungo. Em caso de suspeita de esporotricose humana, procurar uma unidade de saúde.
Os animais podem transmitir a doença para humanos e outros animais por meio de arranhadura, mordedura ou lambedura e pelo contato com secreções respiratórias e lesões na pele e mucosas.
A orientação é evitar que cães e gatos saiam às ruas sem supervisão, isso reduz o risco de infecção por esporotricose. Em caso de suspeita de esporotricose animal, a orientação é levar o animal ao veterinário, com urgência.