O programa Bolsa Família passará por um novo pente-fino, parecido ao que foi feito no início do ano passado. O foco serão as famílias unipessoais, isto é, famílias compostas por apenas uma pessoa entre 18 anos e 45 anos. A fiscalização será realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), A partir de Janeiro de 2025.
Este grupo de pessoas representa 1,3 milhão dos quatro milhões de beneficiários que vivem sozinhos. Há suspeitas que entre 400 mil e 500 mil recebem o benefício de forma irregular em todo o país.
No ano passado, foram suspensos os pagamentos para 1,8 milhão de famílias unipessoais devido a inconsistências encontradas. Além disso, entre novembro de 2021 e julho de 2022, foram incluídos no programa 2,4 milhões de beneficiários com perfil unipessoal, totalizando 5,8 milhões em dezembro de 2022.
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Além do pente-fino, haverá visita do assistente social aos domicílios dos novos beneficiários unipessoais para avaliar as condições da família. O cadastro no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), não será mais suficiente. A revisão será mensal para verificar se os beneficiários atendidos continuam dentro dos critérios de renda exigidos pelo programa.
Para entrar no Bolsa Família, a renda per capita (por pessoa da família) é de até R$ 218. Quem consegue um emprego e passa a ter renda per capita entre R$ 218 e meio salário mínimo (R$ 706) continua recebendo metade do benefício por mais dois anos.