Usado em mais de 220 milhões de transações financeiras no Brasil, o Pix vem sendo mais um meio para estelionatários praticarem golpe, dessa vez, do Pix Errado. Como parte das chaves Pix é um número de celular, o fraudador aciona o número telefônico, realiza a transação, e depois disso entra em contato com a vítima para concretizar o plano criminoso.
Após contato, o golpista tenta convencer a vítima de que fez a transferência por engano e usa técnicas de persuasão para que o suposto beneficiado devolva o dinheiro. A pessoa mal-intencionada pede a devolução em uma conta distinta da que fez a transferência inicial.
O prejuízo acontece porque, em paralelo ao trabalho de convencer a vítima, o golpista se utiliza de um mecanismo criado justamente para coibir golpes, o Mecanismo Especial de Devolução (Med). Os criminosos acionam o procedimento, alegando que foram enganados pela pessoa que, na verdade, é a vítima.
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A transação alegada é analisada. No entanto, quando os bancos envolvidos nas transferências percebem que a vítima verdadeira recebeu o valor e, logo em seguida transferiu para uma terceira conta, entendem essa triangulação como típica de um golpe do Pix. Nesse momento acontece a retirada forçada do dinheiro do saldo da conta da pessoa enganada.
Dessa forma, o golpista que já tinha recebido o dinheiro de volta consegue mais uma devolução, em prejuízo à vítima. O Banco Central orienta que basta acessar a transação que precisa ser devolvida no aplicativo do banco e efetuar a devolução. Os bancos oferecem na ferramenta Pix a opção ‘devolver’, sendo um procedimento acionado pelo cliente do banco, no qual o valor é estornado para a conta que originou o Pix inicial.
Caso receba esses valores, a orientação é só fazer a devolução mediante consulta ao gerente bancário. Vítimas desse tipo de crime devem procurar a Polícia Civil para registrar um Boletim de Ocorrência.