Na manhã desta segunda-feira (17/01), o Amazonas deu início à vacinação de crianças com idades entre 5 e 11 anos. Familiares e responsáveis dos primeiros imunizados em Manaus relataram a emoção e o alívio ao presenciarem a vacinação das crianças. Inicialmente, o imunizante é destinado a crianças com comorbidades, seguindo o Plano Nacional de Imunização (PNI).
O Estado repassou à prefeitura da capital 17.250 doses de vacinas, que fazem parte do primeiro lote de imunizantes destinados a esse público enviados ao Amazonas. No Parque Cidade da Criança, um dos quatro pontos de vacinação do público infantil em Manaus, a servidora pública Adriana Souza, aproveitou para levar o filho Bernardo Augusto, de 10 anos, para tomar a primeira dose.
“É muito emocionante para mim, dá para ver né? Eu estou muito emocionada porque foram muitas mortes por conta da falta de vacina. Eu perdi muitos amigos, perdi parentes, meu marido ficou internado, então saber que o meu filho não vai passar por isso por conta de estar vacinado, para mim, é muito emocionante”, afirmou.
Bernardo, por ser portador de asma, entra no grupo prioritário para receber a primeira dose do imunizante. Emocionado, ele lembra de presenciar a internação do pai e celebra a vacinação do seu grupo.
“Como a minha mãe disse, muita gente morreu, meu pai ficou internado e eu não vi ele por muito tempo. Minha mãe também pegou, ela não ficou internada, mas eu também fiquei duas semanas sem conseguir ver ela, e estar me vacinando agora é muita felicidade porque não vou precisar ser internado, nem nada, por conta da Covid. Muita felicidade, gratidão pelos cientistas que criaram a vacina”, disse o menino.
Incentivo aos pais
A industriária Vanderleia Rocha, de 45 anos, pediu a manhã de folga no trabalho para acompanhar a vacinação do filho, Maurício Crispim, de 5 anos. Por ser portador de displasia pulmonar crônica, o menino também pôde tomar a sua primeira dose contra a Covid-19 nesta segunda-feira.
Emocionada, Vanderleia fez um apelo e mandou uma mensagem aos pais e mães de crianças do Amazonas, para que levem os filhos para vacinar.
“Não é para ter medo, é para confiar na ciência. A vacina sempre salvou vidas, e vai continuar salvando, é um ato de amor nosso, nós como pais temos o dever de vacinar as crianças, protegê-las. O meu filho, desde que apareceu essa vacina, disse que queria se vacinar. Eu, como mãe, estou superemocionada, e só quero o melhor para todos”, afirmou.