O Amazonas irá marcar presença na 26ª edição do Palco Giratório, um dos mais consolidados festivais culturais do país, criado e realizado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc). A cia amazonense Buia Teatro integra a lista de 17 grupos selecionados para participar do maior projeto de circulação de artes cênicas do país, que alcançará 80 cidades brasileiras até dezembro.
Com uma programação para todas as idades, tanto gratuitas quanto a preços populares, o Festival iniciou em Recife (PE) no último dia 16. A primeira apresentação do coletivo independente da Região Norte acontece no próximo domingo (26), no Teatro Capiba da capital pernambucana, com o espetáculo infantojuvenil “Cabelos Arrepiados”.
Diretor da opereta e fundador da Cia Buia Teatro – ao lado da atriz, figurinista e artista visual Maria Hagge –, Tércio Silva destaca que essa é a estreia da trupe amazonense no circuito Palco Giratório (que nesta edição homenageia os diretores Amir Haddad e Maurício Tizumba) e participar do projeto permite à companhia realizar um sonho que antes parecia inacessível: o de alcançar diversas regiões do Brasil.
“Em 2021, participamos do Sesc Pulsar no Rio de Janeiro, o que já foi um passo importante para o nosso trabalho. Agora temos a oportunidade de levar nosso espetáculo para diversas regiões do país, o que é especialmente gratificante. Sem o apoio do Sesc, isso seria impossível”, salienta.
Durante a temporada, o Buia Teatro realizará mais de 15 apresentações, que serão anunciadas nas redes sociais da companhia (@buiateatro no Instagram) ao longo do ano. Segundo o diretor teatral, o espetáculo – que conta com libreto da dramaturga carioca Karen Acioly, referência no teatro para a infância – será apresentado em cidades como Cuiabá, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília.
Experiência teatral mágica, “Cabelos Arrepiados” mistura fantasia, perigos reais e hipotéticos, humor e soluções inusitadas, compreendendo as vivências de crianças na sociedade contemporânea. Na história, cinco crianças são privadas de sono e enfrentam os medos gerados pelos maus pensamentos, ao mesmo tempo em que refletem sobre amizade, união fraternal, diálogo com os pais e os perigos da destruição do meio ambiente e do consumo desenfreado.
De acordo com Tércio – que também irá compor uma das mesas redondas do Seminário Nacional Sesc de Teatro para as Infâncias nesta quarta (22), dentro da programação do Festival –, levar esse espetáculo para o Circuito Palco Giratório tem um impacto significativo tanto para o Buia Teatro quanto para o setor teatral local, pois amplia a visibilidade da arte produzida no Norte do país e atrai a atenção de curadores, programadores e festivais para o trabalho realizado no Amazonas.
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O diretor pontua que a companhia, como única representante do Estado nesta edição do Festival, tem a imensa responsabilidade de representar a região Norte da melhor forma possível, ao lado do Grupo Locômbia Teatro de Andanças, formado por atores colombianos que vivem em Boa Vista (RR).
“É importante destacar o esforço contínuo das companhias e artistas do Norte que, mesmo diante de desafios como a pandemia, continuam produzindo e se destacando. Cada participação em eventos como o Palco Giratório é uma validação do teatro do Amazonas e da sua qualidade”.