Políticos do Amazonas reagiram com veemência à denúncia feita pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) de que a Zona Franca de Manaus (ZFM) seria entrada ilegal de resinas no país.
O vice-governador, Tadeu de Souza, e o Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa, saíram em defesa do Polo Industrial após a 306ª reunião ordinária do Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam), nesta quinta-feira (29/02).
O presidente da Abiquin, André Passos, chegou a fazer a denúncia ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana passada. À CNN, Passos classificou a situação como “sufocante”.
De acordo com Tadeu de Souza, a Zona Franca de Manaus tem sólidos processos de governança e não há espaço para desconfiança.
“É importante deixar estabelecido o quanto a Zona Franca de Manaus, hoje, é respeitada pelo cenário econômico por sua seriedade, segurança e rigidez no processo de seleção e concessão de processos produtivos. Temos um Polo Industrial altamente inovador e consolidado, cujos requisitos a serem preenchidos pelos investidores não abrem espaço para qualquer tipo de desconfiança”, reforçou o vice-governador
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Acusação de indústria química contra Zona Franca é leviana
Serafim Corrêa classificou como irresponsável e leviana a denúncia feita pela associação, que sequer formalizou a denúncia. Ainda de acordo com o secretário, a Abiquin recuou da medida e colocou a culpa na imprensa.
“A denúncia foi feita verbalmente. Eles não formalizaram a denúncia. Eu questionei e pedi que eles formalizassem, porque aí quem formaliza uma denúncia assume a responsabilidade por ela, inclusive quanto à improcedência. E aí eles recuaram dizendo que não era bem isso e terminaram, lamentavelmente, colocando a culpa na imprensa, dizendo: “olha, nós não tínhamos nada para imprensa.” Então se a imprensa divulgou, foi a imprensa que inventou? Não cabe. Eu entendo que isso foi uma irresponsabilidade. Então, por isso que eu pedi que formalizasse e ele não formalizou, ele voltou atrás, recuando da afirmativa leviana que fez no início da discussão”, ressaltou.
Polo Industrial de Manaus (PIM) faturou em 2023 o montante de R$ 173,47 bilhões, o segundo melhor resultado nominal em moeda nacional, equivalendo a um decréscimo de 2,51% na comparação com o acumulado em 2022 (R$ 177,92 bilhões), detentor do recorde histórico.
Em dólar, o faturamento do PIM entre janeiro e dezembro do ano passado totalizou US$ 34.79 bilhões, representando um crescimento de 0,21% em relação ao apurado em 2022 (US$ 34.71 bilhões) e o melhor resultado nominal na moeda estrangeira desde 2014 (US$ 37,12 bilhões). Atualmente, mais de 100 mil empregos diretos são gerados no PIM.