Entre janeiro e dezembro do ano passado, o aplicativo “Alerta Mulher” atendeu 66 vítimas de violência doméstica. Desenvolvido pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), através do Departamento de Tecnologia da Secretaria Executiva-Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada de Segurança (Seagi), em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), a ferramenta tem como principal objetivo ser um canal de comunicação mais rápido entre as mulheres vítimas de violência doméstica e a polícia.
De acordo com o chefe do Departamento de Tecnologia da Seagi, major Marco Gama, o cadastro no aplicativo só pode ser feito após a vítima registrar o Boletim de Ocorrência (BO), em uma das três delegacias especializadas em Crimes Contra a Mulher, e solicitar medida judicial protetiva.
“É um aplicativo para a mulher que já sofre violência doméstica e já tem um agressor conhecido. Quando a vítima vai fazer o Boletim de Ocorrência na delegacia, ela é orientada a se cadastrar e baixar o aplicativo”, explicou. O aplicativo funciona desde 2018 e possui 1.063 mulheres cadastradas.
A ferramenta conta com uma base exclusiva para atendimento do “Alerta Mulher”, nas dependências do 190, o serviço emergencial do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops). O monitoramento ocorre 24 horas por dia.
“Quando o aplicativo é baixado, já reconhece o CPF (da vítima) automaticamente. É apresentado um botão de pânico para acionar em caso de risco ou estar sofrendo alguma agressão e, a partir disso, o nosso pessoal do 190 já recebe esse chamado. Eles já sabem o ponto certo, verificam a viatura que está mais perto do local e rapidamente ela (vítima) é atendida”, explicou o major.
A vítima pode baixar o aplicativo no sistema Android por meio do Google Play Store. O “Alerta Mulher” permite que a vítima já cadastrada envie fotos e áudios. As informações são recebidas pela equipe de monitoramento do Ciops, que aciona uma viatura para atender a ocorrência.
Quando acionar a ferramenta
O botão “Alerta Mulher” pode ser usado sempre que a vítima estiver em risco, sofrendo agressões ou qualquer tipo de violência. A vítima também pode usar o aplicativo e acionar o botão quando o agressor estiver próximo a casa dela.
“Quando tem a medida protetiva que o agressor não pode chegar a determinada distância da casa dela (vítima), rodeando, ela pode acionar o aplicativo. O nosso atendente da Sejusc já conversa via chat. Caso ela esteja em risco, que não pode nem atender o celular, temos um botão que simula que o celular está desligado e passamos a rastrear o telefone”, completou o major Gama.