O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) decidiu prorrogar um inquérito civil que visa investigar possíveis casos de improbidade administrativa relacionados ao descarte inadequado de resíduos sólidos em um lixão a céu aberto na cidade de Humaitá. A prefeitura de Humaitá e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) são os principais alvos dessa investigação.
O lixão em questão está localizado na comunidade de Auxiliadora, situada na Zona Rural de Humaitá, e é o destino dos resíduos sólidos gerados por aproximadamente 500 famílias de agricultores que residem na área. A falta de saneamento básico e serviços de coleta de lixo força os moradores a descartar seus resíduos em um terreno baldio às margens da estrada que liga a comunidade à sede municipal.
Segundo informações obtidas durante a investigação, o lixão em Humaitá está em proximidade com cursos d’água e apresenta um elevado potencial de contaminação, configurando-se como uma situação preocupante. Essa situação lembra o ocorrido com a lixeira da cidade, que também se encontra em uma condição irregular e, infelizmente, sofreu um incêndio no decorrer deste ano.
O despacho que prorroga o inquérito foi assinado pelo titular da 1ª Promotoria de Justiça de Humaitá, Weslei Machado, que estabeleceu um prazo de um ano para a conclusão da investigação. Além disso, o Ipaam será notificado e fornecerá informações detalhadas sobre a situação por meio de fotos e explicações.