O número de pessoas infectadas pela dengue aumentou 70% entre janeiro e outubro deste ano, no Amazonas, segundo números da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). Este ano, já foram 15.038 casos notificados contra 8.822 do mesmo período de 2022.
Os números da FVS devem servir de alerta para a população redobrar os cuidados e combater os meios de proliferação do mosquito aedes aegypti, que causa a doença. Com a chegada das chuvas, as condições de reprodução estão mais favoráveis, por isso, é preciso eliminar locais que possam acumular água parada.
De acordo com a FVS, casos dos sorotipos 1 e 2 circulam atualmente no Amazonas e aparecem nas análises feitas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). No país, o ressurgimento do tipo 3 vem deixando as autoridades preocupadas. Ainda não há confirmação de casos por esse vetor no estado.
“É uma grande questão quando aparece um novo sorotipo na população. É que, como a população nunca teve contato com esses tipos de vírus, todos são suscetíveis. Então isso pode aumentar o número de notificações”, disse Elder Figueira, chefe do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-RCP.
A dengue possui quatro sorotipos diferentes e a infecção por um deles garante imunidade apenas contra o mesmo sorotipo. No entanto, é possível contrair dengue se houver contato com um sorotipo diferente, pois a imunidade adquirida não protege contra os demais sorotipos.
Entre as medidas que a população pode adotar para combater a proliferação do mosquito está evitar os criadouros eliminando água parada em garrafas, vasos de plantas, pneus, bebedouros de animais, sacos plásticos, lixeiras, tambores e caixas d’água.