A cirurgia oncológica faz parte do tripé para o tratamento contra o câncer, podendo ser feita sozinha ou em conjunto com a quimioterapia e a radioterapia. Entre os anos de 2019 a 2021, a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), realizou mais de 7,7 mil cirurgias de pequeno, médio e grande portes.
Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cirurgia é a única forma de tratamento contra o câncer em estágio inicial em 59% dos casos. É possível tratar o paciente somente com a cirurgia, quando o diagnóstico da doença for precoce, pontua o diretor da Fundação Cecon, mastologista Gerson Mourão, acrescentando que são promissoras as chances de remissão. “O que é uma ótima notícia para o paciente”, diz.
Segundo Mourão, a unidade hospitalar conta com nove salas cirúrgicas e realiza, em média, 25 cirurgias diariamente. Conforme o gestor, o Centro Cirúrgico passou por um processo de modernização, que possibilitou a compra de cinco carros de anestesia, cinco mesas cirúrgicas e dez focos cirúrgicos, além de bisturis elétricos e outros produtos.
“Conseguimos reformar salas, comprar e trocar equipamentos que há 20 anos estavam em uso pelo Centro Cirúrgico. Também adquirimos duas novas torres de vídeo, as quais são utilizadas em cirurgias laparoscópicas – procedimento minimamente invasivo –, feito mediante pequenas incisões e, assim, menos traumático que as cirurgias convencionais, permitindo que o paciente tenha alta mais rapidamente”, explicou Mourão.
Especialidades
A Fundação Cecon oferece 13 especialidades cirúrgicas, sendo a maior demanda oriunda dos serviços de Abdômen Pélvico, Urologia, Mastologia e Ginecologia, segundo a gerente de Enfermagem do Centro Cirúrgico, Graça Maria Gondim Albuquerque.
“A Fundação Cecon conta com uma equipe altamente especializada para atender os pacientes que chegam para tratamento cirúrgico oncológico. São enfermeiros, técnicos de enfermagem, anestesistas, cirurgiões e profissionais de serviços gerais que trabalham em regime de plantão para oferecer o melhor serviço”, salienta Gondim.
Cirurgia segura
O hospital implantou o protocolo de cirurgia segura, o qual prioriza pacientes com tumores de alto potencial de progressão e urgências oncológicas, segundo Gondim, além da testagem rápida de IGG e IGM antes da internação. Ela disse que todos os pacientes passam pelo teste de Covid-19, a fim de evitar a disseminação do coronavírus entre os outros internos e garantir a segurança do paciente.
O protocolo foi elaborado pelo Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da Fundação Cecon, sendo revisado pela equipe multiprofissional da instituição. A medida é uma ação de prevenção para possíveis complicações durante o tratamento cirúrgico. Busca ainda conter qualquer possibilidade de contágio dentro do ambiente hospitalar, visto que estudos já mostraram que pacientes assintomáticos também transmitem o novo coronavírus.