O vereador de Manacapuru, Gerson D’Ângelo, foi condenado a dois anos e 12 dias de detenção pela Justiça do Amazonas em uma ação movida após o parlamentar ter se recusado a usar máscara de proteção, em 2021.
Na época, a pandemia de Covid-19 exigia a adoção de medidas de proteção coletiva e individual e o vereador teria tentado entrar em uma escola municipal sem máscara.
O vereador de Manacapuru é primo do do prefeito Beto D’Ângelo. Segundo matéria do portal RealTime1, o vereador tentou entrar na escola municipal Zoraida Ribeiro Alexandre, onde a Câmara Municipal de Manacapuru estava funcionando provisoriamente em razão da enchente.
O vereador se negou a usar máscara e teria iniciado uma discussão com o diretor da escola, um vigia e uma auxiliar administrativa, de quem teria subtraído um celular para impedir que fosse gravado durante a confusão.
A 1ª Promotoria de Justiça de Manacapuru denunciou, em novembro de 2021, o vereador pelos crimes de difamação, ameaça desacato e infração de medida sanitária preventiva. Ele ainda foi acusado de furtar um telefone celular de uma funcionária da escola que queria filmar a cena.
Pelo crime de desacato, ele foi condenado a um ano, 4 quatro meses e 8 oito dias de detenção, que é quando a pena começa a ser cumprida em liberdade. Pela ameaça, outros três meses e 24 dias também em regime aberto. Por desobedecer medida sanitária, mais três meses e 22 dias. Nesse caso, ele recebeu multa de 100 dias, mais o pagamento de um salário mínimo.
Somando as penas de todos os crimes, a sentença final foi de dois anos e 12 dias, a serem incialmente cumpridos em regime aberto e multa de 100 dias no valor de um décimo do valor do salário-mínimo por dia.