O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu investigação em desfavor da juíza Rosália Guimarães Sarmento por ter defendido em várias postagens do Twitter/X o então candidato à Presidência da República, Lula, e a ter postado várias críticas ao adversário na campanha, o então Presidente Bolsonaro.
A conta da juíza chegou a ser suspensa em outubro de 2022, no entanto, o CNJ levou a questão para julgamento no Plenário na terça-feira (5). A decisão dos conselheiros e conselheiras determinou a abertura de processos administrativos disciplinares (PADs) para apurar denúncias por manifestações de cunho político em redes sociais feitas pela juíza.
Rosália havia postado que o Brasil estava em um desgoverno e criticava o governo de Bolsonaro. Conforme levantamento do CNJ, a juíza, titular da 2ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes, teria publicado mais de 70 mensagens, entre tweets e retweets, entre os dias 20 e 23 de outubro de 2022.
A Constituição Federal, no artigo 95, parágrafo único, inciso III, diz que são vedadas aos juízes a dedicação a atividades políticas partidárias e as manifestações em redes sociais em apoio ou crítica a candidato. A decisão do CNJ descartou a necessidade de afastamento imediato do cargo da magistrada.