Considerada a maior árvore da Amazônia, o angelim vermelho (Dinizia excelsa) vai ganhar um programa de proteção ambiental. A medida está incluída no acordo firmado entre a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), que prevê a criaçaõ de novas Unidades de Conservação (UCs) no Pará.
“Esse acordo é muito importante porque representa a oportunidade de fortalecer o trabalho que já vem sendo feito no Amazonas e fazer com que esse enorme patrimônio, que é a maior árvore do Brasil, da Amazônia e uma das maiores do mundo, seja cuidada de uma maneira a permitir tanto a pesquisa científica quanto o próprio turismo de natureza”.
Destaca Virgilio Viana, superintendente-geral da FAS.
A FAS desenvolve diversos projetos de conservação na Amazônia, sendo uma delas a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, no Amazonas. A expectativa é replicar as boas práticas no Pará.
Cinturão vai proteger as árvores gigantes da Amazônia
De início, o Fundo Andes Amazônia – AAF, uma das parceiras no projeto, investirá R$ 3 milhões para apoio na criação, recategorização e implementação das UCs. A primeira ação prevista será a recategorização de 500 mil hectares da Floresta Estadual (Flota) do Paru, que compreende os municípios de Almeirim, Monte Alegre, Alenquer e Óbidos. O plano é elevá-la para a categoria de Proteção Integral.
A zona guarda as famosas “gigantes” da Amazônia, incluindo a angelim vermelho (Dinizia excelsa), de 88,5 metros de altura e 3,15 de diâmetro, considerada a maior árvore da Amazônia e América do Sul.
Os trabalhos já iniciam nesta sexta-feira (11/08), quando uma equipe do Ideflor-Bio fará um sobrevoo na área onde estão localizadas as “gigantes”. A missão é cartografar o panorama da região e obter imagens de ângulos diferentes.
Para o segundo semestre, estão previstas outras duas expedições, dessa vez para realizar um levantamento minucioso da flora e fauna do entorno no Estado. As avaliações também vão considerar condições gerais ambientais como relevo, tipo de solo, hidrografia e outras informações pertinentes que justifiquem a recategorização da área.