Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, mais de 70% dos casos de câncer de bexiga são causados pelo cigarro. Mas afinal, como o cigarro pode causar câncer de bexiga? De diversas formas, considerando que os produtos químicos presentes no tabaco são filtrados pelos rins e excretados na urina, o que irrita a mucosa da bexiga. Isso pode causar inflamação crônica e danos aos tecidos da bexiga.
Além disso, esses elementos carcinogênicos aumentam o risco de mutações genéticas que podem levar ao câncer de bexiga.
“Os primeiros sinais precoces do câncer de bexiga podem variar, mas os sintomas mais comuns incluem presença de sangue na urina (hematúria), que pode ser microscópica (detectada apenas em exames laboratoriais) ou macroscópica (sangue visível a olho nu no vaso sanitário), além de dor ao urinar, necessidade frequente e urgente de urinar”, explica o urologista, André Mancini que atua na Fundação Centro de Controle de Oncologia (FCecon).
Os sintomas da doença podem variar de pessoa para pessoa. É importante se atentar aos sintomas, caso eles persistam é importante buscar ajuda em um um especialista em urologia. Essa avaliação adequada é fundamental para garantir um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.
Tanto os fumantes ativos quanto os ex-fumantes apresentam um risco de câncer de bexiga, até quatro vezes maior em comparação aos não fumantes. No entanto, pesquisas demonstraram que o risco diminui gradualmente após a cessação do tabagismo.
Além do tabagismo, outros fatores de risco para o câncer de bexiga incluem irritação crônica por cálculos, cateter vesical permanente, infecção urinária ou crônica, exposição a produtos químicos industriais como arsênico e substâncias presentes em tintas, corantes e plásticos.
“Para reduzir o risco de câncer de bexiga, é importante evitar a exposição a produtos químicos nocivos no ambiente de trabalho, beba bastante água para diluir a urina e reduzir a concentração de substâncias irritantes, mantenha uma dieta saudável e equilibrada, pratique atividade física regularmente e realize exames médicos de rotina para detecção precoce e tratamento, quando necessário”, concluiu o urologista.