Dados do Banco Central mostram que, entre os meses de abril e maio, houve uma alta de 7,8 pontos porcentuais no juro médio total cobrado pelos bancos rotativos do cartão de crédito.
Na mira do governo federal, a taxa passou de 447,3% para 455,1% ao ano, o maior nível desde março de 2017 (490,3%). O rotativo do cartão e o cheque especial são modalidades de crédito emergencial. Com taxas de juros elevadas, o Ministério da Fazenda criou um grupo de trabalho com os bancos e o Banco Central para tentar resolver o assunto.
Agora, os bancos são obrigados a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo com a nova regra é que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recue.
Segundo o secretário de Reformas Econômicas da Fazenda, Marcos Pinto, o governo não pensa em tabelar os juros nem tabelar o parcelado sem juros, considerado por alguns agentes da cadeia um dos responsáveis pelos juros altos no rotativo. No BC, as ações iniciais apontam para melhorar a portabilidade e a transparência
No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 200,5% para 194,3% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 104,6% para 106,2%.