Em ação das Forças Armadas com desdobramento de domingo até terça-feira (28 a 30/05), quase meia tonelada de pasta base de cocaína foi apreendida nas proximidades de uma pista de pouso clandestina, durante a Operação Ágata. No local, ainda foi encontrado um avião escondido e um acampamento dentro da Floresta Amazônica.
A pista de pouso era utilizada como entreposto logístico de traficantes. Militares identificaram o local após um voo de reconhecimento e iniciaram um minucioso planejamento, que resultou no transporte de agentes da Polícia Federal, que possuem a competência legal para analisar e destruir as drogas apreendidas. Além disso, foi localizado um acampamento dentro da floresta com barracas, antena de internet, comida e água frescas, com características de abandono recente.
Parte dos entorpecentes, barracas, ferramentas e outros equipamentos foram destruídos no local por conta da dificuldade de transporte. O restante das drogas foram levadas por dois helicópteros da Marinha, para serem analisados pela Polícia Federal.
Foram empregados nesta ação, militares do Grupamento de Mergulhadores de Combate da Marinha do Brasil, a aeronave black hawk do 4º Batalhão de Aviação do Exército, o Pelotão SAR (Busca e Salvamento da Aviação) e a 3ª Companhia de Forças Especiais do Exército Brasileiro junto com agentes da Polícia Federal.
A ação conjunta contou também com abastecimento por parte do Exército Brasileiro. No prosseguimento às ações, uma tropa do 17º Batalhão de Infantaria de Selva foi enviada para reforçar a segurança na posição a fim de continuarem as diligências.
Operação Ágata
Com esta apreensão, a Operação soma mais de 1,6 tonelada de entorpecentes apreendidos, avaliados em mais de 80 milhões de reais de prejuízo aos narcotraficantes, que se utilizam das áreas de difícil acesso da floresta Amazônica para ocultar as atividades ilícitas.
Até agora, além das apreensões de drogas, a Operação também enfraqueceu o garimpo ilegal com a neutralização de dragas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
As dragas foram inutilizadas pelos agentes, levados até o local pelas Forças Armadas, causando um prejuízo milionário aos garimpeiros ilegais. As ações também contribuem para a preservação da fauna e flora da Amazônia.
Ações Cívico-Sociais (ACISO) e de Assistência Hospitalar (ASSHOP) também são realizadas ao longo da operação, beneficiando a população com atendimentos médicos e odontológicos, oficinas lúdicas, doação de roupas e cestas básicas.
A operação visa combater crimes transfronteiriços e ambientais, além de intensificar a presença do Estado Brasileiro na faixa de fronteira. É coordenada pelo Ministério da Defesa e executada pela Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira em cooperação com órgãos federais, estaduais e municipais, além de agências governamentais.
Com informações do G1.