Alvo da operação ‘Garrote’, deflagrada pelo Ministério Público do Estado (MPE), o prefeito de Borba, Simão Peixoto, ainda não foi preso. O destino dele é desconhecido das autoridades, apesar disso, o MP evita classificá-lo oficialmente como foragido da Justiça.
Questionada pelo Segundo a Segundo, a assessoria do órgão disse que não há mais informações sobre o caso e confirmou que o mandado judicial contra o prefeito de Borba ainda não foi cumprido, até a manhã desta sexta-feira (26).
A operação em Borba deixou os moradores da cidade em choque. Realizada na última terça-feira (24), a operação prendeu funcionários públicos e empresários apontados por participarem de um suposto esquema de desvio de recursos públicos.
Entre os suspeitos, estão o prefeito Simão Peixoto e a primeira-dama, Aldine Mirella, cuja prisão também não foi cumprida, até agora.
A lista de presos inclui a cunhada do prefeito, Aldonira Rolim de Assis (40), as sobrinhas Keliany de Assis Lima (19) e Kaline de Assis Lima (21) e o enteado Adan de Freitas da Silva (20).
Além deles, também foram registradas as prisões dos sócios do Mercadinho Du Primo, Edival das Graças Guedes (63) e Ione Azevedo Guedes (45), da prestadora de serviços da prefeitura Maria Suely da Silva Mendonça (52), da secretária de finanças Michele de Sá Dias (45) e do pregoeiro Kleber Reis Mattos (57).
O que a operação Garrote investiga?
As investigações da operação Garrote apontam para a existência de um suposto esquema que envolvia a contratação de empresas fictícias para prestação de serviços à prefeitura, com valores superfaturados. A estimativa é que o grupo teria desviado pelo menos R$ 29 milhões em recursos públicos no município de Borba.
A operação aponta indícios de um esquema de fraude em procedimentos licitatórios em pelo menos 13 contratos da gestão municipal, onde o principal beneficiário seria o prefeito.
A operação denominada Operação ‘Garrote’, contou com a participação de policiais federais que buscam os suspeitos investigados por fraude em licitação, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. São 11 mandados de prisão preventiva, 28 mandados de busca domiciliar, 28 mandados de busca pessoal e 28 mandados de busca veicular.
As autoridades locais afirmam que estão trabalhando para garantir a continuidade dos serviços públicos e a normalidade da cidade, apesar da ausência do prefeito e da primeira-dama.