Uma pesquisa pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), descobriu que a Amazônia abriga quase 100 espécies de cabas e marimbondos do gênero Polistes.
O estudo foi coordenado pelo doutor em Ciências Biológicas/Entomologia, Alexandre Somavilla. Ao todo, foram examinados aproximadamente 10 mil indivíduos de vespas sociais em relação à taxonomia e sistemática – ciências que, em síntese, classificam os organismos e os seres vivos, respectivamente.
De acordo com o pesquisador, a pesquisa de taxonomia pode servir de base para estudos futuros, em diferentes frentes, de grande relevância para a ciência.
“No caso de ser necessário procurar, por exemplo, um componente do veneno específico de uma espécie, que tem uma propriedade que pode curar o câncer ou qualquer outra doença”
DIZ UM TRECHO DO RELEASE DIVULGADO PELA FAPEAM.
Outra vantagem da pesquisa, segundo o autor, é mostrar o lado positivo dos insetos para o meio ambiente e o equilíbrio ecológico.
“Essas cabas desempenham diversos serviços ecossistêmicos e são extremamente importantes para o equilíbrio da natureza, por serem animais predadores, que se alimentam de lagartas e outros insetos, alguns considerados, inclusive, pragas agrícolas, com isso as cabas fazem o controle biológico, o que pode reduzir o uso de agrotóxicos na agricultura impactando a produtividade local e a melhoria da qualidade de vida da população”
EXPLICA.
A pesquisa “Taxonomia, Filogenia e Biogeografia do gênero de vespa social Polistes Latreille, 1802 (Vespidae: Polistinae)”, foi desenvolvida no âmbito do Programa de Fixação de Doutores no Amazonas (Fixam), da Fapeam, e rendeu a publicação de dois artigos nas revistas internacionais American Museum Novitates e Arthropod Systematics & Phylogeny.