O “Cabaré Chinelo”, espetáculo do Ateliê 23, chega ao quarto mês em cartaz no Teatro Gebes Medeiros (Avenida Eduardo Ribeiro, 937, Centro). A companhia apresenta a produção inspirada na pesquisa do historiador Narciso Freitas nos dias 4, 5, 17, 18 e 19 de março.
Na sexta-feira e aos sábados, as sessões iniciam às 20h e, aos domingos, às 19h, com ingressos para o próximo fim de semana somente na entrada do espaço cultural.
“O impacto que o espetáculo causa tem mantido o interesse do público e traz outras pessoas que vêm assistir a obra pela primeira vez. Isso entrando no quarto mês de apresentação é uma resposta muito ousada e positiva”, avalia o diretor Taciano Soares. “O ‘Cabaré Chinelo’ sempre esgota os ingressos desde a estreia, em novembro, não teve uma vez que os ingressos não tivessem esgotado”.
Enredo – A atriz Allícia Castro, que interpreta a Gaivota, destaca que a obra, numa parceria com a companhia de teatro argentina García Sathicq, faz uma denúncia em cena sobre a realidade de meretrizes que viveram na época da Borracha. O projeto denuncia um esquema de tráfico internacional e sexual no início do século XX, na capital do Amazonas.
“São mulheres que foram traficadas, obrigadas a se prostituir, silenciadas e apagadas da história”, define a artista.
Além de Gaivota, a produção conta a trajetória de Mulata, Balbina, Antonieta, Soulanger, Felícia, Laura, Joana, Luiza, Enedina, Sarah e Maria, entre 1900 e 1920. A plateia ainda pode acompanhar quatro momentos da peça por meio de recortes de jornais de verdade, no material presente no programa do espetáculo e disponível em QR Code.
O “Cabaré Chinelo” tem apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), além da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e Fondo de Ayudas para las Artes Escénicas Iberoamericanas – IBERESCENA.