Morreu neste domingo (12) o ex-governador do Amazonas, Amazonino Mendes. O político estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o fim do ano passado. Amazonino tinha 83 anos e foi o governador com mais mandatos na história do estado.
No sábado (11), a assessoria de comunicação do ex-governador informou uma piora do quadro clínico. Em novembro de 2022, Amazonino Mendes já havia sido internado para tratar uma crise de diverticulite (inflamação no intestino grosso) e uma pneumonia.
A última eleição que ele disputou foi no ano passado, quando concorreu ao governo do Estado e ficou na terceira colocação com 355 mil votos. O político não declarou apoio a Eduardo Braga (MDB) e nem a Wilson Lima (UB), que avançaram ao segundo turno.
Porém, Mendes pediu votos para o então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e chegou a postar felicitações ao petista, nas redes sociais, após o resultado das eleições.
“Parabéns ao presidente eleito Lula pela vitória! É hora de união, de olhar para todos os brasileiros e inaugurar uma nova era. Lula é gigante e saberá pacificar o país e cuidar da nossa gente. Viva a democracia! Viva o Brasil!”, disse Amazonino à época.
Histórico e legado
Amazonino Mendes formou-se em direito pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e também era empresário. Ele foi casado com Tarcila Prado de Negreiros Mendes, que morreu em 2015, com quem teve três filhos.
Amazonino começou sua carreira política no início dos anos de 1980 e assumiu a prefeitura de Manaus, em 1983, indicado no ano anterior por Gilberto Mestrinho. Posteriormente, governou o Amazonas pela primeira vez entre 1987 a 1990.
Ao todo, Amazonino foi governador quatro vezes, a última em um mandato tampão entre 2017 e 2018. Também foi duas vezes prefeito de Manaus e uma vez senador da República.
Como principais legados, Amazonino Mendes deixou obras como a revitalização do Teatro Amazonas e do Largo São Sebastião, a revitalização do complexo turístico da Ponta Negra, os primeiros viadutos de Manaus construídos na década de 1990 e a criação da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), do Hospital e Pronto Socorro 28 de agosto e da Fundação Hemoam.