Neste sábado (15/10) é comemorado o Dia do Professor, uma data que celebra a missão de formar novos cidadãos e profissionais. A arte de ensinar requer dedicação e amor pelo que se faz, e, às vezes, essa dedicação pelo ensino atravessa gerações. É a história da professora Danielle Monteiro, que seguiu os passos da mãe na carreira de professora.
Danielle relata que encontrou sua motivação acompanhando o trabalho da mãe, Lucineide Monteiro, que é formada em Pedagogia e atua na educação há mais de 15 anos, tendo começado ministrando aulas dentro da igreja, alfabetizando crianças da comunidade.
“Acompanhei minha mãe em todos os momentos e sempre vi nela uma inspiração. As aulas que ela dava sempre me faziam imaginar eu dando aulas também e cativando os alunos”, pontua.
Partindo dessa motivação, Danielle ingressou na faculdade de Licenciatura em História e Pedagogia, onde pôde atuar em sala de aula, como sempre sonhou. Lucineide relata que, desde jovem, sua filha já tinha habilidade para lidar com estudantes desmotivados no processo de aprendizado.
“Tive um aluno que não sabia escrever e nem se encorajava a tentar. Um dia levei a Dani para me ajudar, ela sentou perto dele, conversou e pediu pra pegar na mão dele, encorajou-o, e daquele dia em diante ele passou a escrever e participar das aulas. Sou muito abençoada pela minha profissão e pela filha que tenho, que é uma ótima professora. Em qualquer lugar em que ela estiver na educação ela faz tudo bem feito”, comemora.
Atualmente, Danielle atua como assessora pedagógica da Coordenadoria Distrital de Educação (CDE) 6, que atende a zona norte da cidade, da Secretaria de Estado de Educação e Desporto.
História extensa
Outro profissional que seguiu os passos da mãe, o professor de Biologia, Gabriel Muca, está na terceira geração de professores da família e atualmente atua como educador ambiental na Secretaria de Estado de Educação e Desporto.
O educador enfatiza que trabalhar especificamente com Educação Ambiental é uma experiência nova, estimulante, que tem possibilitado a ele conhecer novos lugares do estado do Amazonas.
“Atuar como educador ambiental hoje é estimular a reflexão sobre a conservação da biodiversidade, a importância e relação dos seres em cada ambiente, o uso dos recursos naturais pela nossa sociedade e a utilização destes de maneira causar menos impacto possível, de maneira sustentável, focando sempre na Amazônia, e a população aqui vivente, seja de meio urbano ou não, valorizando a população amazônida e seus conhecimentos”, pontua.
A experiência em sala de aula vem de família, a mãe, Margarete Muca, de 62 anos, que esteve nas salas de aula como professora de Biologia por quase 30 anos. Além da mãe de Gabriel, suas tias e seu avô sempre estiveram atuantes na área da educação.
Muca diz que desde pequeno sempre teve o interesse em estudar e trabalhar com animais silvestres. “Por minha mãe ser professora de Biologia, sempre reconheceu e estimulou que eu seguisse para trabalhar na área”, completa.
Professor desde 2016, ele relembra a oportunidade de atuar na mesma escola em que sua mãe lecionava, e de ter a oportunidade de dar aula para os mesmos alunos que foram ensinados pela mãe. O educador já lecionou na Escola Estadual (EE) Eldah Bitton, EE Marechal Hermes, EE Antônio Encarnação, EE Waldomiro Lustosa, e na Escola Estadual de Tempo Integral (EETI) Francisca Botinelly.
Educação valorizada
A Secretaria de Educação conta com mais de 6 mil professores, que atuam no Ensino Fundamental, Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação Especial e Prisional. A pasta oferece cursos de especialização e atualização aos servidores, e em 2021 pagou o maior abono do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
FOTOS: Arquivo pessoal/Seduc-AM